terça-feira, 20 de setembro de 2011

psicologia espiritual

“psicologia espiritual é a experimentação pessoal: cada ser humano é seu próprio laboratório para explorar seus próprios estados interiores...”

Não destrua seus valores comparando-se com outras pessoas. É por sermos diferentes uns dos outros que cada um de nós é especial. Não estabeleça seus objetivos por aquilo que os outros consideram importante. Só você sabe o que é melhor para você. Não considere como garantidas as coisas que estão mais perto de seu coração.
Dê atenção a elas como à sua vida, pois sem elas a vida não tem sentido. Não deixe sua vida escorregar pelos dedos, vivendo no passado ou só voltado para o futuro. Não desista enquanto você tiver algo para dar.
Uma coisa só termina realmente no momento em que você deixa de tentar. Não tenha medo de admitir que você é "menos que perfeito". É esse tênue fio que nos liga uns aos outros. Não tenha medo de correr riscos. É aproveitando as oportunidades que nós aprendemos a ser valentes.
Não exclua o amor de sua vida dizendo que ele é impossível de encontrar. A maneira mais rápida de perder o amor é agarrar-se demais a ele, e a melhor maneira de conservar o amor é dar-lhe asas. Não despreze seus sonhos. Viver sem sonhos é viver sem esperança. Viver sem esperança é viver sem objetivo. Não corra pela vida muito depressa. A pressa pode fazê-lo esquecer não só onde você esteve, mas também para onde você vai. A Vida não é uma competição, mas uma jornada, e cada passo do caminho deve ser saboreado.





Agnosticismo é a crença de que a existência de Deus é impossível de ser conhecida ou provada. A palavra “agnóstico” significa essencialmente “sem conhecimento”. Agnosticismo é uma forma mais intelectualmente honesta do ateísmo. O ateísmo afirma que Deus não existe – uma posição que não pode ser provada. O agnosticismo argumenta que a existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada – que é impossível saber se Deus existe. Neste conceito, o agnosticismo está certo. A existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada empiricamente.
A Bíblia nos diz que nós devemos aceitar por fé que Deus existe. Hebreus 11:6 diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. Deus é espírito (João 4:24), então ele não pode ser visto ou tocado. A menos que Deus decida revelar a Si próprio, Ele é essencialmente invisível aos nossos sentidos (Romanos 1:20). A Bíblia ensina que a existência de Deus pode ser claramente vista no universo (Salmos 19:1-4), percebida na natureza (Romanos 1:18-22) e confirmada nos nossos próprios corações (Eclesiastes 3:11).
O Agnosticismo é essencialmente a falta de vontade de tomar uma decisão a favor ou contra a existência de Deus. É a posição mais “em cima do muro” que existe. Teístas acreditam que Deus existe. Ateus acreditam que Deus não existe. Agnósticos acreditam que nós não deveríamos acreditar ou desacreditar na existência de Deus – porque é impossível conhecê-la.
Por um instante, vamos deixar de lado as evidências claras e inegáveis da existência de Deus. Se colocamos as posições do teísmo e do ateísmo/agnosticismo no mesmo nível, em qual delas faz mais “sentido” acreditar – levando em conta a possibilidade de vida após a morte? Se não há Deus, teístas e ateus/agnósticos simplesmente cessarão de existir quando morrerem. Se há um Deus, ateus e agnósticos terão Alguém a quem prestar contas quando morrerem. Deste ponto de vista, definitivamente faz mais “sentido” ser um teísta do que um ateu/agnóstico. Se nenhuma das posições pode ser provada ou deixar de ser provada, não parece mais sábio fazer todo o esforço necessário para acreditar na posição que poderá ter um resultado final infinita e eternamente mais desejável?
É normal ter dúvidas. Existem tantas coisas neste mundo que nós não entendemos. Com freqüência, as pessoas duvidam da existência de Deus porque elas não entendem ou concordam com as coisas que Ele faz e permite. No entanto, nós, como seres humanos finitos, não devemos esperar entender um Deus infinito. Romanos 11:33-34 exclama: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” Nós devemos acreditar em Deus pela fé e confiar nos seus caminhos pela fé. Deus está pronto e com vontade de revelar a Si próprio de formas incríveis para aqueles que acreditam nele. Deuteronômio diz: “De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.”
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Nada contribui mais para a cristalização de falsos estereótipos que as definições por “negação”, nas quais o valor conotativo das palavras torna-se emprobrecido, quando não desfigurado.
O caso do termo agnóstico é singularmente demonstrativo. Costuma-se reduzir seu sentido ao de uma simples negação: é agnóstico quem não crê, isto é, quem não professa fé religiosa alguma.
Esta definição “por negação” equivale a um radical desentendimento do que deve denotar a palavra agnosticismo, pois, desta forma, ela fica expropriada de sua vertente semântica positiva e, portanto, torna-se inutilizável para o seu uso filosófico no mundo atual.
O “não” do agnóstico não é uma simples negação, um mero “não” referencial, mas, ao contrário, é uma posição dialética de conteúdos definidos, que se processam no marco de um processo histórico-cultural determinado. Este processo remete a um campo semântico que proporciona um rico tecido de convicções filosóficas, éticas, sociais e políticas, de contornos precisos e racionalmente analisáveis.
O reducionismo semântico que se gera mediante a aparente inocência do simples advérbio de negação, tende a arrojar o agnóstico à situação de quem “não tem”, frente à de quem “tem” _ que seria o homem religioso. Cairíamos assim em um perigoso equívoco dentro da prática social, pois “ter” define um paradigma frente ao “não ter”, em termos religioso-sociais.
Porém o agnóstico ostenta na realidade um “ter”, pois possui uma bem formada concepção do mundo e do homem, ou seja, uma cosmovisão específica. O mundo, para o agnóstico, é assumido como “finitude”, o que revela o conteúdo “positivo” da concepção agnóstica, a qual apresenta um “humanismo radical” que leva a sério a si mesmo, furtando-se, por definição, a toda fuga para uma confortável transcendência.
A cosmovisão do agnóstico implica em uma moral assentada fortemente na afirmação universal da finitude como nota fundamental da realidade. Deste modo, o agnóstico é tudo menos um ser empobrecido. É a fuga do mundo para um “transmundo” desconhecido, e só enunciável em abstrato, o que mutila e empobrece o ser humano.
O agnóstico, enriquecido com todo o sedimento de contribuições da história universal, encontra, com o refinamento intelectual que exige sua cosmovisão, seu imperativo prático na “presença”, isto é, em “fazer-se presente” na análise crítica e autônoma do cotidiano em todos os níveis da finitude.
E é na abrangência social, cultural, política, econômica e histórico-religiosa destes níveis da finitude, que o agnóstico postula sua visão racional, propondo um código de valores que lhe é próprio, nunca como mera “negação”, porém sempre como clara “afirmação”.
João Laurindo de Souza Netto - http://agnosticismo.com.br/
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Ideologias
No decurso da história pode-se apreciar uma progressiva impregnação ideológica (2) de todos os âmbitos sociais, destacando-se a peculiar situação dos dias atuais, quando a racionalidade capitalista forjou a ideologia da sociedade industrial (3).
O estágio atual representa a culminação do processo de impregnação ideológica. Não é de surpreender, portanto, que nos EE.UU., onde desenvolveu-se a consciência de liderança do mundo capitalista, haja uma forte exigência de recursos ideológicos eficazes para justificar a sua hegemonia (4) e para afiançar seu “status quo”(5) , o que é realizado através da cisão definitiva entre ética e política.
(1) Ideologia: Pensamento teórico que pretende desenvolver-se sobre seus próprios princípios abstratos, mas que, na realidade, é a expressão de fatos sociais, econômicos ou políticos, que não são levados em conta ou não são expressamente reconhecidos como determinantes daquele pensamento.
(2) Impregnação ideológica: infiltração de uma ideologia num meio social.
(3) Ideologia da sociedade industrial: aspecto eminentemente individualista do capitalismo, encoberto por um caráter social relativo à propriedade do capital, o qual, supostamente, é empregado para o bem comum, mas na verdade se atém à busca do lucro.
(4) Hegemonia: preponderância de um povo sobre outros povos
(5) Status quo: estado em que se acha uma questão
A esperança de que o fim da mentalidade ideológica permitiria ver o mundo sem o contraste dos juízos de valor não é senão a ilusão de uma fuga das responsabilidades morais, pois não é a consciência que determina o modo de vida, mas sim este que determina aquela. De fato, a produção das idéias, das representações e da consciência está direta e intimamente ligada à atividade material. São os seres humanos que produzem suas representações, suas idéias, etc, através de um condicionamento determinado por suas forças produtivas. A consciência jamais pode ser senão o ser consciente e o “ser” dos homens é um processo de vida real. O modo específico de produzir sua vida caracteriza o que os homens são. E o que os indivíduos são depende das condições materiais de sua vida. Desaparece assim o mito de uma consciência pura e de uma verdade absoluta.
Esta concepção não explica a prática segundo a idéia, explica a formação das idéias de conformidade com a prática material, ao longo da história. Assim, todas as formas e produtos da consciência podem ser resolvidos não pela crítica intelectual, mas somente pelo “fazer” das relações sociais concretas e práticas do mundo finito, conforme prega o agnosticismo.
Na ideologia medieval, por exemplo, o mundo todo, céus e terra incluídos, era visto como uma hierarquia, em que a terra estava necessariamente subordinada ao céu. Na produção desta ideologia não havia intenção alguma de considerar a ordem feudal; a intenção consciente era a de considerar a ordem do mundo, e isto foi elaborado conscientemente num sistema lógico. Contudo, a ideologia era ainda, na realidade, um reflexo das relações sociais feudais existentes, as quais foram reproduzidas assim nas idéias dos homens por um processo espontâneo, não intencional, inconsciente. A ideologia medieval, com sua concepção religiosa de hierarquia cósmica, que refletia a ordem feudal, significava que a exploração do servo pelo senhor era disfarçada como uma subordinação do servo ao governo de Deus.
Em troca da proteção e assistência econômica que recebiam, os servos ou vassalos, deviam obedecer ao senhor, servi-lo lealmente e, em geral, compensá-lo com tributos ou impostos correspondentes aos serviços que ele “prestava” no interesse dos primeiros, o que foi posto em prática pela Igreja com o nome de “beneficium”. Tal concepção, de forma inconsciente, persiste ainda em grande parte da massa de cristãos.
Ao caráter natural e não voluntário das relações sociais corresponde uma determinação também necessária e não livremente consentida de formas de consciência. Assim, as relações de produção, que são indispensáveis, formam os conteúdos mentais, que não podem ser encarados como “achados” de um pensamento puro.
Numa sociedade de classes, as ideologias constituem um sistema mental orientado pelo interesse de classe e destinado a disfarçar as relações sócio-econômicas a fim de preservar a situação favorável a uma determinada classe. Assim, o interesse de classe vem a ser a matriz das ilusões ideológicas e da falsa consciência em geral. As ideologias, por conseguinte, constituem a mistificação do conhecimento mediante a substituição dos objetos e das relações objetivas por correlatos imaginários, ou da manipulação inconsciente desses conteúdos.
Resulta assim que a estrutura total do pensamento de cada época histórica, ou de cada grupo social, é ideológica no sentido da estrita dependência de uma falsa consciência. A constituição biológica e histórico-social do indivíduo, a peculiaridade das condições de vida do pensador e a estrutura do tratamento dado ao processo de situações vitais, influem nos resultados do pensamento e no ideal de verdade que este pensador é capaz de construir a partir dos produtos do pensamento.
Todas as classes sociais, em uma dada situação histórica, participam da ideologia dominante, ainda que a partir de interesses opostos. O que se denomina “horizonte utópico” (5) da ideologia é compartilhado tanto pelas classes dominantes como pelas classes dominadas, se bem que para as primeiras esse horizonte funciona como referência legitimadora de seus privilégios, enquanto que para as segundas opera como explicação de sua atual condição subordinada e, ao mesmo tempo, como garantia da expectativa de uma satisfação final de aspirações insatisfeitas no presente.
Se o horizonte utópico de uma ideologia postula, por exemplo, princípios de concórdia universal, de justiça distributiva na ordem pública vigente, de liberdade sem violência, de equidade na fraternidade humana, de fiel cumprimento do dever de cada um, de benevolência universal, etc.,e, sobretudo, se fala de ideais e nega a existência de ideologias, então se está em presença de uma racionalização(6) ética do “status quo”, ou seja, de uma retórica que, em fórmula de filantropia universal, mascara a proteção da ordem de dominação existente.
(5) Horizonte utópico: situação que não encontra a menor possibilidade de realizar-se na sociedade correspondente, mas outorga à ideologia que o afirma uma respeitabilidade ideal para a existência prática desta.
(6) Racionalização: “Racionalizações”
A função emascaradora das ideologias se manifesta nos fenômenos de inversão consistentes em uma leitura da realidade segundo esquemas ideais. Isto significa interpretar situações conflitivas como situações harmônicas, etc. Precisamente estes fenômenos de inversão permitem alojar as asserções ideológicas da realidade dentro do horizonte utópico.
Para ilustrar a natureza peculiar das ideologias, basta pensar no contraste entre o lema da Revolução Francesa _ Liberdade, Igualdade, Fraternidade_ que funcionava como horizonte utópico, e as relações de exploração que instaurou efetivamente no plano concreto, como instrumentos de produção nas mãos dos detentores do poder, trabalho assalariado mal remunerado, extorsão dos ganhos da classe trabalhadora através de impostos e tributos, democracia formal de cidadãos economicamente desiguais, etc. Não se pode deixar de salientar também a ética do Cristianismo _ moral do amor fraterno entre os filhos de Deus iguais e livres _ frente às sucessivas estruturas de exploração assentadas sobre aquela ética. Sem o respectivo horizonte utópico, ditos sistemas ideológicos teriam resultado inviáveis.
Assim é indispensável a toda ideologia assumir um horizonte utópico no qual se integra o conjunto de suas formulações, de maneira que as situações de dominação e de dependência possam inserir-se num contexto ilusoriamente aceitável para as classes negativamente discriminadas quanto aos processos de alienação da consciência.
Um tratamento espiritualista da história do cristianismo, desde suas origens, por exemplo, limitando o seu “Sitz im Leben” (situação de vivência do autor do evangelho) a meros interesses teológicos, isolados portanto dos interesses econômicos, sociais e políticos da sociedade em que viveu o evangelista, estará privado do critério básico que permite estabelecer uma exegese (7) profissional confiável.
Ficará então manifestado que as motivações ideológicas prévias influenciam as motivações teológicas. As formas ideológicas não só refletem de modo consciente ou inconsciente as relações que descrevem como, muitas vezes, as apresentam de modo invertido para propagar uma cosmovisão que legitime a dominação pretendida.
A ideologia que a Igreja começou a impor a partir do proselitismo desenvolvido por Paulo de Tarso desempenhou a típica função conservadora da ordem econômica e social vigente _ primeiro no Império Romano, depois no curso da história do Ocidente _ que corresponde às formas religiosas de alienação: as classes inferiores se contentariam com as satisfações ilusórias que lhes oferecia uma cristologia despojada do significado original pregado pelo Jesus histórico
(ver “Do Jesus da História ao Cristo da Fé”) e moldadas pela soteriologia(8) sincretista(9) do helenismo(10) orientalizante de Paulo.
(7) exegese: minuciosa interpretação de um texto, em especial da Bíblia, através de análise crítica baseada em critérios científicos.
(8) soteriologia: parte da teologia que trata da salvação dos homens
(9) sincretismo: sistema filosófico que concilia doutrinas ou religiões diferentes
(10) helenismo: civilização que se baseava numa fusão de elementos gregos e orientais
Só uma concepção libertadora, o agnosticismo, é capaz de livrar o homem das peias das ideologias e torná-lo um ser autônomo, perfeitamente situado na finitude, quer no domínio lógico quer no ético.
O fundamento do agnosticismo consiste em assumir radicalmente a finitude do ser humano, sem o álibi da transcendência ou de qualquer ideologia religiosa, esforçando-se por construir um mundo não tomado pelo fanatismo determinado pela fé, aceitando os acontecimentos como fatos que se dão sem nenhuma causação nem direcionamento exterior ao mundo. A satisfação do mundo do agnóstico é a satisfação do que o mundo pode oferecer, mesmo nos casos em que a finitude é dor ou preocupação. E nisso consiste a serenidade do agnóstico que, através da auto-realização, procura a felicidade,não sendo instrumento de nenhuma autoridade transcendente ou ideológica, não resignado, mas sereno, não desencorajado, mas capaz de assumir com coragem, aquilo que a finitude lhe oferece.
João Laurindo de Souza Netto - http://agnosticismo.com.br/

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