sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Proporção áurea Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Índice [esconder] 1 Cálculo do número ϕ 1.1 Definição algébrica 1.2 Sequência de Fibonacci 1.2.1 Série de frações 1.3 Série de raízes 2 Proporção áurea na natureza 2.1 Figuras geométricas 2.2 Vegetais 2.3 Animais 2.4 Corpo humano 3 Aplicações 3.1 Arte 3.2 Literatura 3.3 Retângulo dourado 3.4 Música 3.5 Cinema 3.6 Objetos atuais 4 Referências 5 Bibliografia 6 Ver também 7 Ligações externas A proporção áurea, número de ouro, número áureo ou proporção de ouro é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega ϕ (PHI), em homenagem ao escultor Phideas (Fídias), que a teria utilizado para conceber o Parthenon, e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618. Também é chamada de seção áurea (do latim sectio aurea)[1], razão áurea,[2] razão de ouro, média e extrema razão (Euclides), divina proporção, divina seção (do latim sectio divina), proporção em extrema razão[3], divisão de extrema razão ou áurea excelência[4][5]. O número de ouro é ainda frequentemente chamado razão de Phidias .[6][7][8] Desde a Antiguidade, a proporção áurea é empregada na arte. É frequente a sua utilização em pinturas renascentistas, como as do mestre Giotto. Este número está envolvido com a natureza do crescimento. Phi (não confundir com o número Pi π), como é chamado o número de ouro, pode ser encontrado na proporção das conchas (o nautilus, por exemplo), dos seres humanos (o tamanho das falanges, ossos dos dedos, por exemplo) e nas colméias, entre inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem do crescimento. Justamente por estar envolvido no crescimento, este número se torna tão frequente. E justamente por haver essa frequência, o número de ouro ganhou um status de "quase mágico", sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores. Apesar desse status, o número de ouro é apenas o que é devido aos contextos em que está inserido: está envolvido em crescimentos biológicos, por exemplo. O fato de ser encontrado através de desenvolvimento matemático é que o torna fascinante. [editar] Cálculo do número ϕ Divisão em média e extrema razão. A partir de um segmento de 10 unidades, determina-se a sua seção áurea multiplicando-o por 0,618 (média). Para encontrar-se um segmento maior, em extrema razão, deve-se multiplicar as dez unidades iniciais por 1,618. [editar] Definição algébrica A razão áurea é definida algebricamente como: \frac{a+b}{a} = \frac{a}{b} = \phi\,. A equação da direita mostra que a = bϕ, o que pode ser substituído na parte esquerda, resultando em: \frac{b\phi+b}{b\phi}=\frac{b\phi}{b}\,. Cancelando b em ambos os lados, temos: \frac{\phi+1}{\phi}=\phi. Multiplicando ambos os lados por ϕ, resulta: ϕ + 1 = ϕ2. Finalmente, subtraindo ϕ2 de ambos os membros da equação e multiplicando todas as parcelas por − 1, encontramos: ϕ2 − ϕ − 1 = 0, que é uma equação quadrática da forma ax^2 + bx + c = 0\,\!, em que \,\!a=1,\ b=-1\ \mathrm{e}\ c=-1. Agora, basta resolver essa equação quadrática. Pela Fórmula de Bháskara: \phi = \frac{-b \pm \sqrt{b^2-4ac}}{2a}\,\! \phi = \frac{-(-1) \pm \sqrt{(-1)^2-4\cdot{1}\cdot{(-1)}}}{2\cdot{1}}\,\! \phi = \frac{1 \pm \sqrt{1+4}}{2}\,\! \phi = \frac{1 \pm \sqrt{5}}{2}\,\! A única solução positiva dessa equação quadrática é a seguinte: \phi = \frac{1 + \sqrt{5}}{2} \approx 1.618\,033\,989\,, que é o número ϕ. [editar] Sequência de Fibonacci Representação da sequência de Fibonacci na Mole Antonelliana em Turim, Itália. Como é um número extraído da sequência de Fibonacci, o número áureo representa diretamente uma constante de crescimento. O número áureo é aproximado pela divisão do enésimo termo da Série de Fibonacci (1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89,..., na qual cada número é a soma dos dois números imediatamente anteriores na própria série) pelo termo anterior. Essa divisão converge para o número áureo conforme tomamos cada vez maior. Podemos ver um exemplo dessa convergência a seguir, em que a série de Fibonacci está escrita até seu sétimo termo [1, 1, 2, 3, 5, 8, 13]: \frac{2}{1}= 2 \frac{3}{2}= 1,5 \frac{5}{3}= 1,666... \frac{8}{5}= 1,6 \frac{13}{8}= 1,625 [editar] Série de frações O número áureo também pode ser encontrado através de frações sucessivas, normalmente representadas com [a,b,c,d,e], o que resulta em: a + \frac{1}{ b + \frac{1}{ c + \frac{1}{d + \frac{1}{e} } } } A aproximação do número áureo vem com a quantidade de números 1 em uma representação de Série de Frações. O valor varia em torno do número áureo, sendo maior ou menor alternadamente, mas sempre se aproximando deste. [1,1] = 1 + \frac{1}{1} = 1 + 1 = 2. [1,1,1] = 1 + \frac{1}{ 1 + \frac{1}{1} } = 1 + \frac{1}{2} = \frac{3}{2} = 1,5. [1,1,1,1] = 1 + \frac{1}{ 1 + \frac{1}{ 1 + \frac{1}{1} }} = 1 + \frac{1}{\frac{3}{2}} = 1 + \frac{2}{3} = \frac{5}{3} = 1,666. [1,1,1,1,1] = 1 + \frac{1}{ 1 + \frac{1}{ 1 + \frac{1}{1 + \frac{1}{1} } } } = 1 + \frac{1}{\frac{5}{3}} = 1 + \frac{3}{5} = \frac{8}{5} = 1,6. [editar] Série de raízes \sqrt{1+\sqrt{1+\sqrt{1+\sqrt{1+...}}}} [editar] Proporção áurea na natureza Por que esse número é tão apreciado por artistas, arquitetos, projetistas e músicos? Porque a proporção áurea, como o nome sugere, está presente na natureza, no corpo humano e no universo. Este número, assim como outros, por exemplo o Pi, estão presentes no mundo por uma razão matemática existente na natureza. Essa sequência aparece na natureza, no DNA, no comportamento da refração da luz, dos átomos, nas vibrações sonoras, no crescimento das plantas, nas espirais das galáxias, dos marfins de elefantes, nas ondas no oceano, furacões, etc. [editar] Figuras geométricas Um decágono regular, inscrito numa circunferência, tem os lados em proporção áurea com o raio da circunferência. O pentagrama é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular. O pentágono menor, formado pelas interseções das diagonais, está em proporção com o pentágono maior, de onde se originou o pentagrama. A razão entre as medidas dos lados dos dois pentágonos é igual ao quadrado da razão áurea. Um pentagrama regular é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular. O pentágono menor, formado pelas interseções das diagonais, também está em proporção com o pentágono maior, de onde se originou o pentagrama. A razão entre as medidas dos lados dos dois pentágonos é igual ao quadrado da razão áurea. A razão entre as medidas das áreas dos dois pentágonos é igual a quarta potência da razão áurea. Chamando os vértices de um pentagrama de A, B, C, D e E, o triângulo isósceles formado por A, C e D tem seus lados em relação dourada com a base, e o triângulo isósceles A, B e C tem sua base em relação dourada com os lados. Quando Pitágoras descobriu que as proporções no pentagrama eram a proporção áurea, tornou esse símbolo estrelado como a representação da Irmandade Pitagórica. Esse era um dos motivos que levava Pitágoras a dizer que "tudo é número", ou seja, que a natureza segue padrões matemáticos. A Maçonaria também tomou emprestado o simbolismo da Proporção Dourada em seus ensinamentos, com a utilização de seu método para obtenção do Pentagrama e do Quadrado Oblongo, existentes em algumas Lojas Maçônicas. [editar] Vegetais Semente de girassol – A proporção em que aumenta o diâmetro das espirais de sementes de um girassol é a razão áurea. Achillea ptarmica – Razão do crescimento de seus galhos. Folhas das Árvores – A proporção em que diminuem as folhas de uma árvore à medida que subimos de altura. [editar] Animais População de abelhas – A proporção entre abelhas fêmeas e machos em qualquer colméia. Concha do caramujo Nautilus – A proporção em que cresce o raio do interior da concha desta espécie de caramujo. Este molusco bombeia gás para dentro de sua concha repleta de câmaras para poder regular a profundidade de sua flutuação. Obs.: até hoje não se encontrou nenhum caramujo Nautilus que comprove essa afirmação amplamente difundida! (vide "O número de Ouro", Michel Spira, palestra OBMEP, 2006; Colaboração: Prof. Francisco Teodorico Pires de Souza) Outros – phi estão também nas escamas de peixes, presas de elefantes, crescimento de plantas. [editar] Corpo humano O Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci. As idéias de proporção e simetria aplicadas à concepção da beleza humana. Proporções áureas em uma mão. A altura do corpo humano e a medida do umbigo até o chão. A altura do crânio e a medida da mandíbula até o alto da cabeça. A medida da cintura até a cabeça e o tamanho do tórax. A medida do ombro à ponta do dedo e a medida do cotovelo à ponta do dedo. O tamanho dos dedos e a medida da dobra central até a ponta. A medida da dobra central até a ponta dividido e da segunda dobra até a ponta. Essas proporções anatômicas foram bem representadas pelo "Homem Vitruviano", obra de Leonardo Da Vinci. [editar] Aplicações O homem sempre tentou alcançar a perfeição, seja nas pinturas, seja nos projetos arquitetônicos, seja até mesmo na música. [editar] Arte A proporção áurea foi muito usada na arte, em obras como O Nascimento de Vênus, quadro de Botticelli, em que Afrodite está na proporção áurea. Essa proporção estaria ali aplicada pelo motivo de o autor representar a perfeição da beleza. Em O Sacramento da Última Ceia, de Salvador Dalí, as dimensões do quadro (aproximadamente 270 cm × 167 cm) estão numa Razão Áurea entre si. Na história da arte renascentista, a perfeição da beleza em quadros foi bastante explorada com base nessa constante. Vários pintores e escultores lançaram mão das possibilidades que a proporção lhes dava para retratar a realidade com mais perfeição. A Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, utiliza o número áureo nas relações entre seu tronco e cabeça, e também entre os elementos do rosto. [editar] Literatura Na literatura, o número de ouro encontra sua aplicação mais notável no poema épico grego Ilíada, de Homero, que narra os acontecimentos dos últimos dias da Guerra de Tróia. Quem o ler notará que a proporção entre as estrofes maiores e as menores dá um número próximo a 1,618, o número de ouro. Luís de Camões na sua obra Os Lusíadas, colocou a chegada à Índia no ponto que divide a obra na razão de ouro. Virgílio em sua obra Eneida, construiu a razão áurea com as estrofes maiores e menores. [editar] Retângulo dourado Proporção áurea em retângulos. Ver artigo principal: Rectângulo de ouro Trata-se do retângulo no qual a proporção entre o comprimento e a largura é aproximadamente o número Phi, ou seja, 1,618, que reflete também as proporções do Parténon. Os egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides. Por exemplo, cada bloco da pirâmide era 1,618 vezes maior que o bloco do nível logo acima. As câmaras no interior das pirâmides também seguiam essa proporção, de forma que os comprimentos das salas são 1,618 vezes maiores que as larguras. [editar] Música O número de ouro está presente nas famosas sinfonias Sinfonia n.º 5 e a Sinfonia n.º 9, de Ludwig van Beethoven, e em outras diversas obras. Outro fato interessante registrado na Revista Batera, em um artigo sobre o baterista de jazz Max Roach, é que, em seus solos curtos, aparece tal número, se considerarmos as relações que aparecem entre tempos de bumbo e caixa. O compositor húngaro Béla Bartók utiliza esta relação de proporcionalidade constantemente em sua obra. Este fato pode ser visto na análise da música de Bartók feita por Ernö Lendvai (Béla Bartók: And Analysis of his Music). [editar] Cinema O diretor russo Sergei Eisenstein se utilizou do número ϕ no filme O Encouraçado Potemkin para marcar os inícios de cenas importantes da trama, medindo a razão pelo tamanho das fitas de película. [editar] Objetos atuais Atualmente, essa proporção ainda é muito usada. Ao padronizar internacionalmente algumas medidas usadas em nosso dia-a-dia, os projetistas procuraram "respeitar" a proporção divina. A razão entre o comprimento e a largura de um cartão de crédito, alguns livros, jornais, uma foto revelada, entre outros. Referências ↑ Summerson John, Heavenly Mansions: And Other Essays on Architecture (New York: W.W. Norton, 1963) p. 37. "E o mesmo se aplica em arquitetura, aos retângulos que representam estas e outras proporções (e.g. a 'seção áurea')." ↑ Livio, Mario. The Golden Ratio: The Story of Phi, The World's Most Astonishing Number. New York: Broadway Books, 2002. ISBN 0-7679-0815-5 ↑ Euclid, Elements, Book 6, Definition 3. ↑ Piotr Sadowski, The Knight on His Quest: Symbolic Patterns of Transition in Sir Gawain and the Green Knight, Cranbury NJ: Associated University Presses, 1996 ↑ Richard A Dunlap, The Golden Ratio and Fibonacci Numbers, World Scientific Publishing, 1997 ↑ Jay Hambidge, Dynamic Symmetry: The Greek Vase, New Haven CT: Yale University Press, 1920 ↑ William Lidwell, Kritina Holden, Jill Butler, Universal Principles of Design: A Cross-Disciplinary Reference, Gloucester MA: Rockport Publishers, 2003 ↑ Pacioli, Luca. De divina proportione, Luca Paganinem de Paganinus de Brescia (Antonio Capella) 1509, Venice. [editar] Bibliografia COLE, K. C.. O Universo e a Xícara de Chá. São Paulo: Record, 2006. 294p. LIVIO, Mario. Razão áurea: a história do phi. São Paulo: Record, 2006. 336p. [editar] Ver também Commons O Commons possui multimídias sobre Proporção áurea Número de Fibonacci Phi Regra dos terços Rectângulo de ouro [editar] Ligações externas goldennumber.net - The "phinest" information on the Golden Section (em inglês) Fibonacci Numbers and The Golden Section in Art, Architecture and Music (em inglês) Constantes PHI, PI e E

Proporção áurea

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Índice

 [esconder
A proporção áurea, número de ouro, número áureo ou proporção de ouro é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega ϕ (PHI), em homenagem ao escultor Phideas (Fídias), que a teria utilizado para conceber o Parthenon, e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618. Também é chamada de seção áurea (do latim sectio aurea)[1], razão áurea,[2] razão de ouro, média e extrema razão (Euclides), divina proporção, divina seção (do latim sectio divina), proporção em extrema razão[3], divisão de extrema razão ou áurea excelência[4][5]. O número de ouro é ainda frequentemente chamado razão de Phidias .[6][7][8]
Desde a Antiguidade, a proporção áurea é empregada na arte. É frequente a sua utilização em pinturas renascentistas, como as do mestre Giotto. Este número está envolvido com a natureza do crescimento. Phi (não confundir com o número Pi π), como é chamado o número de ouro, pode ser encontrado na proporção das conchas (o nautilus, por exemplo), dos seres humanos (o tamanho das falanges, ossos dos dedos, por exemplo) e nas colméias, entre inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem do crescimento.
Justamente por estar envolvido no crescimento, este número se torna tão frequente. E justamente por haver essa frequência, o número de ouro ganhou um status de "quase mágico", sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores. Apesar desse status, o número de ouro é apenas o que é devido aos contextos em que está inserido: está envolvido em crescimentos biológicos, por exemplo. O fato de ser encontrado através de desenvolvimento matemático é que o torna fascinante.

[editar] Cálculo do número ϕ

Divisão em média e extrema razão. A partir de um segmento de 10 unidades, determina-se a sua seção áurea multiplicando-o por 0,618 (média). Para encontrar-se um segmento maior, em extrema razão, deve-se multiplicar as dez unidades iniciais por 1,618.

[editar] Definição algébrica

A razão áurea é definida algebricamente como:

 \frac{a+b}{a} = \frac{a}{b} = \phi\,.
A equação da direita mostra que a = bϕ, o que pode ser substituído na parte esquerda, resultando em:

\frac{b\phi+b}{b\phi}=\frac{b\phi}{b}\,.
Cancelando b em ambos os lados, temos:

\frac{\phi+1}{\phi}=\phi.
Multiplicando ambos os lados por ϕ, resulta:

ϕ + 1 = ϕ2.
Finalmente, subtraindo ϕ2 de ambos os membros da equação e multiplicando todas as parcelas por − 1, encontramos:

ϕ2 − ϕ − 1 = 0, que é uma equação quadrática da forma ax^2 + bx + c = 0\,\!, em que \,\!a=1,\ b=-1\ \mathrm{e}\ c=-1.
Agora, basta resolver essa equação quadrática. Pela Fórmula de Bháskara:
\phi = \frac{-b \pm \sqrt{b^2-4ac}}{2a}\,\!
\phi = \frac{-(-1) \pm \sqrt{(-1)^2-4\cdot{1}\cdot{(-1)}}}{2\cdot{1}}\,\!
\phi = \frac{1 \pm \sqrt{1+4}}{2}\,\!
\phi = \frac{1 \pm \sqrt{5}}{2}\,\!
A única solução positiva dessa equação quadrática é a seguinte:

\phi = \frac{1 + \sqrt{5}}{2} \approx 1.618\,033\,989\,, que é o número ϕ.

[editar] Sequência de Fibonacci

Representação da sequência de Fibonacci na Mole Antonelliana em Turim, Itália.
Como é um número extraído da sequência de Fibonacci, o número áureo representa diretamente uma constante de crescimento.
O número áureo é aproximado pela divisão do enésimo termo da Série de Fibonacci (1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89,..., na qual cada número é a soma dos dois números imediatamente anteriores na própria série) pelo termo anterior. Essa divisão converge para o número áureo conforme tomamos cada vez maior. Podemos ver um exemplo dessa convergência a seguir, em que a série de Fibonacci está escrita até seu sétimo termo [1, 1, 2, 3, 5, 8, 13]:

 \frac{2}{1}= 2

 \frac{3}{2}= 1,5

 \frac{5}{3}= 1,666...

 \frac{8}{5}= 1,6

 \frac{13}{8}= 1,625

[editar] Série de frações

O número áureo também pode ser encontrado através de frações sucessivas, normalmente representadas com [a,b,c,d,e], o que resulta em:

 a + \frac{1}{ b + \frac{1}{ c + \frac{1}{d + \frac{1}{e} } } }
A aproximação do número áureo vem com a quantidade de números 1 em uma representação de Série de Frações. O valor varia em torno do número áureo, sendo maior ou menor alternadamente, mas sempre se aproximando deste.

 [1,1] = 1 + \frac{1}{1} = 1 + 1 = 2.

 [1,1,1] = 1 + \frac{1}{ 1 + \frac{1}{1} } = 1 + \frac{1}{2} = \frac{3}{2} = 1,5.

 [1,1,1,1] = 1 + \frac{1}{ 1 + \frac{1}{ 1 + \frac{1}{1} }} = 1 + \frac{1}{\frac{3}{2}} = 1 + \frac{2}{3} = \frac{5}{3} = 1,666.

 [1,1,1,1,1] = 1 + \frac{1}{ 1 + \frac{1}{ 1 + \frac{1}{1 + \frac{1}{1} } } } = 1 + \frac{1}{\frac{5}{3}} = 1 + \frac{3}{5} = \frac{8}{5} = 1,6.

[editar] Série de raízes


 \sqrt{1+\sqrt{1+\sqrt{1+\sqrt{1+...}}}}

[editar] Proporção áurea na natureza

Por que esse número é tão apreciado por artistas, arquitetos, projetistas e músicos? Porque a proporção áurea, como o nome sugere, está presente na natureza, no corpo humano e no universo.
Este número, assim como outros, por exemplo o Pi, estão presentes no mundo por uma razão matemática existente na natureza.
Essa sequência aparece na natureza, no DNA, no comportamento da refração da luz, dos átomos, nas vibrações sonoras, no crescimento das plantas, nas espirais das galáxias, dos marfins de elefantes, nas ondas no oceano, furacões, etc.

[editar] Figuras geométricas

Um decágono regular, inscrito numa circunferência, tem os lados em proporção áurea com o raio da circunferência.
O pentagrama é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular. O pentágono menor, formado pelas interseções das diagonais, está em proporção com o pentágono maior, de onde se originou o pentagrama. A razão entre as medidas dos lados dos dois pentágonos é igual ao quadrado da razão áurea.
Um pentagrama regular é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular. O pentágono menor, formado pelas interseções das diagonais, também está em proporção com o pentágono maior, de onde se originou o pentagrama. A razão entre as medidas dos lados dos dois pentágonos é igual ao quadrado da razão áurea. A razão entre as medidas das áreas dos dois pentágonos é igual a quarta potência da razão áurea.
Chamando os vértices de um pentagrama de A, B, C, D e E, o triângulo isósceles formado por A, C e D tem seus lados em relação dourada com a base, e o triângulo isósceles A, B e C tem sua base em relação dourada com os lados.
Quando Pitágoras descobriu que as proporções no pentagrama eram a proporção áurea, tornou esse símbolo estrelado como a representação da Irmandade Pitagórica. Esse era um dos motivos que levava Pitágoras a dizer que "tudo é número", ou seja, que a natureza segue padrões matemáticos.
A Maçonaria também tomou emprestado o simbolismo da Proporção Dourada em seus ensinamentos, com a utilização de seu método para obtenção do Pentagrama e do Quadrado Oblongo, existentes em algumas Lojas Maçônicas.

[editar] Vegetais

  • Semente de girassol – A proporção em que aumenta o diâmetro das espirais de sementes de um girassol é a razão áurea.
  • Achillea ptarmica – Razão do crescimento de seus galhos.
  • Folhas das Árvores – A proporção em que diminuem as folhas de uma árvore à medida que subimos de altura.

[editar] Animais

  • População de abelhas – A proporção entre abelhas fêmeas e machos em qualquer colméia.
  • Concha do caramujo Nautilus – A proporção em que cresce o raio do interior da concha desta espécie de caramujo. Este molusco bombeia gás para dentro de sua concha repleta de câmaras para poder regular a profundidade de sua flutuação. Obs.: até hoje não se encontrou nenhum caramujo Nautilus que comprove essa afirmação amplamente difundida! (vide "O número de Ouro", Michel Spira, palestra OBMEP, 2006; Colaboração: Prof. Francisco Teodorico Pires de Souza)
  • Outros – phi estão também nas escamas de peixes, presas de elefantes, crescimento de plantas.

[editar] Corpo humano

O Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci. As idéias de proporção e simetria aplicadas à concepção da beleza humana.
Proporções áureas em uma mão.
  • A altura do corpo humano e a medida do umbigo até o chão.
  • A altura do crânio e a medida da mandíbula até o alto da cabeça.
  • A medida da cintura até a cabeça e o tamanho do tórax.
  • A medida do ombro à ponta do dedo e a medida do cotovelo à ponta do dedo.
  • O tamanho dos dedos e a medida da dobra central até a ponta.
  • A medida da dobra central até a ponta dividido e da segunda dobra até a ponta.
Essas proporções anatômicas foram bem representadas pelo "Homem Vitruviano", obra de Leonardo Da Vinci.

[editar] Aplicações

O homem sempre tentou alcançar a perfeição, seja nas pinturas, seja nos projetos arquitetônicos, seja até mesmo na música.

[editar] Arte

A proporção áurea foi muito usada na arte, em obras como O Nascimento de Vênus, quadro de Botticelli, em que Afrodite está na proporção áurea. Essa proporção estaria ali aplicada pelo motivo de o autor representar a perfeição da beleza. Em O Sacramento da Última Ceia, de Salvador Dalí, as dimensões do quadro (aproximadamente 270 cm × 167 cm) estão numa Razão Áurea entre si. Na história da arte renascentista, a perfeição da beleza em quadros foi bastante explorada com base nessa constante. Vários pintores e escultores lançaram mão das possibilidades que a proporção lhes dava para retratar a realidade com mais perfeição.
A Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, utiliza o número áureo nas relações entre seu tronco e cabeça, e também entre os elementos do rosto.

[editar] Literatura

  • Na literatura, o número de ouro encontra sua aplicação mais notável no poema épico grego Ilíada, de Homero, que narra os acontecimentos dos últimos dias da Guerra de Tróia. Quem o ler notará que a proporção entre as estrofes maiores e as menores dá um número próximo a 1,618, o número de ouro.
  • Luís de Camões na sua obra Os Lusíadas, colocou a chegada à Índia no ponto que divide a obra na razão de ouro.
  • Virgílio em sua obra Eneida, construiu a razão áurea com as estrofes maiores e menores.

[editar] Retângulo dourado

Proporção áurea em retângulos.

Trata-se do retângulo no qual a proporção entre o comprimento e a largura é aproximadamente o número Phi, ou seja, 1,618, que reflete também as proporções do Parténon.
Os egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides. Por exemplo, cada bloco da pirâmide era 1,618 vezes maior que o bloco do nível logo acima. As câmaras no interior das pirâmides também seguiam essa proporção, de forma que os comprimentos das salas são 1,618 vezes maiores que as larguras.

[editar] Música

O número de ouro está presente nas famosas sinfonias Sinfonia n.º 5 e a Sinfonia n.º 9, de Ludwig van Beethoven, e em outras diversas obras. Outro fato interessante registrado na Revista Batera, em um artigo sobre o baterista de jazz Max Roach, é que, em seus solos curtos, aparece tal número, se considerarmos as relações que aparecem entre tempos de bumbo e caixa. O compositor húngaro Béla Bartók utiliza esta relação de proporcionalidade constantemente em sua obra. Este fato pode ser visto na análise da música de Bartók feita por Ernö Lendvai (Béla Bartók: And Analysis of his Music).

[editar] Cinema

O diretor russo Sergei Eisenstein se utilizou do número ϕ no filme O Encouraçado Potemkin para marcar os inícios de cenas importantes da trama, medindo a razão pelo tamanho das fitas de película.

[editar] Objetos atuais

Atualmente, essa proporção ainda é muito usada. Ao padronizar internacionalmente algumas medidas usadas em nosso dia-a-dia, os projetistas procuraram "respeitar" a proporção divina. A razão entre o comprimento e a largura de um cartão de crédito, alguns livros, jornais, uma foto revelada, entre outros.

Referências

  1. Summerson John, Heavenly Mansions: And Other Essays on Architecture (New York: W.W. Norton, 1963) p. 37. "E o mesmo se aplica em arquitetura, aos retângulos que representam estas e outras proporções (e.g. a 'seção áurea')."
  2. Livio, Mario. The Golden Ratio: The Story of Phi, The World's Most Astonishing Number. New York: Broadway Books, 2002. ISBN 0-7679-0815-5
  3. Euclid, Elements, Book 6, Definition 3.
  4. Piotr Sadowski, The Knight on His Quest: Symbolic Patterns of Transition in Sir Gawain and the Green Knight, Cranbury NJ: Associated University Presses, 1996
  5. Richard A Dunlap, The Golden Ratio and Fibonacci Numbers, World Scientific Publishing, 1997
  6. Jay Hambidge, Dynamic Symmetry: The Greek Vase, New Haven CT: Yale University Press, 1920
  7. William Lidwell, Kritina Holden, Jill Butler, Universal Principles of Design: A Cross-Disciplinary Reference, Gloucester MA: Rockport Publishers, 2003
  8. Pacioli, Luca. De divina proportione, Luca Paganinem de Paganinus de Brescia (Antonio Capella) 1509, Venice.

[editar] Bibliografia

  • COLE, K. C.. O Universo e a Xícara de Chá. São Paulo: Record, 2006. 294p.
  • LIVIO, Mario. Razão áurea: a história do phi. São Paulo: Record, 2006. 336p.

[editar] Ver também

Commons
O Commons possui multimídias sobre Proporção áurea

[editar] Ligações externas

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Crença em Deus pode se resumir a intuição




Para muitas pessoas, acreditar em Deus se resume a um pressentimento de que um ser bom está lá fora. Um estudo descobriu que essa intuição pode ser muito importante na determinação de quem vai à igreja todos os domingos e de quem a evita.
Pessoas que são geralmente mais intuitivas na forma de pensar e tomar decisões são mais propensas a acreditar em Deus do que aquelas que ruminam as suas escolhas, dizem os pesquisadores. As descobertas indicam que essas diferenças básicas no estilo de pensamento podem influenciar a crença religiosa.
Alguns dizem que os cientistas acreditam em Deus porque suas intuições sobre como e porque as coisas acontecem os levam a ver um propósito divino por trás dos eventos ordinários que não têm óbvias causas humanas. Isso os levou a perguntar se a força das crenças de um indivíduo é influenciada por quanto ele confia em sua intuição natural ou pelo quanto para para refletir sobre seus primeiros instintos.
Os pesquisadores investigaram essa questão em uma série de estudos. No primeiro, 882 adultos norte-americanos responderam pesquisas online sobre suas crenças em Deus. Em seguida, os participantes passaram por um teste de matemática com três perguntas como: “Um morcego e uma bola custam R$ 1,10 no total. O morcego custa R$ 1 a mais que bola. Quanto custa a bola?”
A resposta intuitiva para essa pergunta é 10 centavos, já que a maioria das pessoas num primeiro impulso tiram R$ 1 do total. Mas as pessoas que usam o raciocínio “reflexivo” para questionar o seu primeiro impulso são mais prováveis de obter a resposta correta: 5 centavos.
As pessoas que usaram sua intuição no teste de matemática foram quase duas vezes mais propensas a acreditar em Deus do que aquelas que acertaram todas as respostas. Os resultados se mantiveram mesmo quando foram levados em conta fatores como educação e a renda.
Em um segundo estudo, 373 participantes foram instruídos a escrever um parágrafo sobre qualquer sucesso obtido pela sua intuição ou pela sua forma racional de encontrar soluções. Aqueles que escreveram sobre a experiência intuitiva eram mais propensos a dizer que eles estavam convencidos da existência de Deus após o experimento, sugerindo que o pensamento intuitivo impulsiona a crença.
Os pesquisadores planejam investigar como os genes e o ensino influenciam na forma de pensar, mas eles ressaltam que nem a intuição é melhor que a reflexão, nem o contrário.
Para eles, tanto intuição quanto reflexão são importantes e é interessante achar um equilíbrio entre os dois. E aí, o que a sua intuição te diz?
------------------------

COMO A INTUIÇÃO E A SABEDORIA INTERIOR PODEM FORTALECÊ-LO EM MOMENTOS DIFÍCEIS
Todos nós fomos criados com uma sabedoria interior inata que orienta as nossas vidas, serve como um “medidor interior da verdade” e nos ajuda a tomar decisões importantes em pontos críticos de mudanças em nossas vidas. Alguns chamam a este dom natural, de intuição, orientação espiritual ou “sentimentos viscerais”.
Cada um de nós se conecta à intuição de seu modo próprio e único. Aqueles com dons artísticos ou musicais podem invocar a sua musa para inspirá-los com idéias criativas. Aqueles cujo trabalho envolve grande resistência física ou mental, podem se conectar com a sua sabedoria interior ao se desafiarem profundamente para romper as barreiras que usualmente existem entre eles e os seus dons interiores. Alguns podem ter vidas muito agitadas com pouco tempo para estar em sintonia com a sua orientação interior, mas os nossos sonhos servem como mensageiros para compartilhar conosco a importante informação que podemos não ter captado no meio de um dia atarefado.
Nossa intuição é um profundo dom que liga o nosso eu físico encarnado com a nossa essência espiritual divina. A alma pode ser comunicar com o nosso eu encarnado através desta linha de luz, e podemos desenvolver esta conexão interior ao longo do tempo através da meditação, da prece e do desejo de nos conhecermos mais profundamente.
Nossa intuição pode ser de grande utilidade em todos os momentos em nossas vidas e especialmente durante momentos de grande stress ou dificuldade. Em situações onde estamos nos defrontando com desafios inesperados, tais como a perda de um ente querido ou uma doença, muitas emoções intensas surgem do nosso interior. Nossos apoios habituais são removidos ou abalados, o que pode nos fazer sentir desorientados, desprotegidos e sem nada a que nos agarrarmos.
Nossa intuição pode agir como uma bússola de orientação, apontando-nos instintivamente em direção aos apoios que precisamos para superarmos as dificuldades que estamos enfrentando.
Quando as nossas mentes nos enfraquecem porque nos sentimos oprimidos, a voz da nossa sabedoria interior se expressa claramente e se repetirá tantas vezes quanto for necessário.
Se nós estamos acostumados a estar no controle de nossas vidas, e então, subitamente, somos defrontados com uma situação que não podemos administrar, ficamos desesperados por causa de nossos métodos usuais de enfrentamento que não mais estão funcionando. A intuição, entretanto, funcionará sempre, até nas circunstâncias mais terríveis, porque o nosso eu humano encarnado no mundo físico está sempre conectado ao nosso Eu Superior.
Em um momento de desafio ou de crise, nossos sistemas de apoio espiritual são ativados dos reinos espirituais. Nossa conexão com a intuição ou orientação é fortalecida, e aqueles seres amorosos nos reinos espirituais que zelam por nós e guiam as nossas vidas proporcionam um auxílio extra.
Se nós nos acostumamos a não considerarmos a nossa sabedoria interior, ou, simplesmente, excluirmos as nossas partes intuitivas através de anos de negligência, pode parecer como se não pudéssemos encontrar o fio de luz que nos religaria a nossa fonte. É importante que compreendamos que não importa quão desconectados nos tornemos de nossa sabedoria interior divina, ela está sempre presente e disponível a nós. Ainda que tenhamos erguido barreiras para isolarmos a nossa orientação interior por um tempo, estas podem ser removidas através de nossa assídua oração e intenção.
Se estivemos desconectados de nós mesmos por um tempo muito longo, o processo de reconexão frequentemente trará velhas emoções, pensamentos e memórias que podemos ter oculto de nós mesmos e com os quais não estávamos preparados a lidar. Durante esta fase de reequilíbrio, é útil participar de algum tipo de sistema de apoio espiritual ou emocional que possa ajudar a estabilizar a nossa conexão interior com o Espírito.
Um dos aspectos mais desafiadores do processo de cura é lembrarmos que as emoções e memórias do passado estão surgindo para que sejam curadas e liberadas. Um sistema de apoio pode nos ajudar a nos ancorarmos na força do nosso ser interior, para permitir que emoções e sentimentos passem por nós e para que haja a liberação do nosso corpo, mente e espírito.
Enquanto este processo de limpeza acontece, a intuição e a sabedoria interior são naturalmente fortalecidas, pois há menos barreiras entre nós mesmos e o nosso espírito. Esta conexão interior mais profunda pode proporcionar uma fonte de sabedoria, de liberdade, de capacitação e de conforto durante os momentos difíceis, e nos sustentará por toda a vida com maior amor, alegria e paz. A sabedoria interior é uma grande dádiva, e é destinada não somente a abençoar as nossas vidas individuais, mas para compartilhar com outros para abençoar toda a vida, através de nossa conexão com o divino.
Mashubi Rochell é um conselheira espiritual e fundadora do World Blessings, uma comunidade de apoio on-line que oferece orientação e cura espiritual a pessoas de todos os credos. Para mais informações sobre o desenvolvimento da sabedoria interior, visite Worldblessings.com.
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
---------------------

LINKS SOBRE O TEMA:
http://clubemediunico.bloguepessoal.com/361163/INTUICAO/

Marcadores: , , , , ,

 

 

A INTUIÇÃO E A RAZÃO

A princípio, a intuição seria muito mais confiável do que a razão, que pode ser facilmente condicionada e manipulada, de acordo com interesses e predisposições que nós mesmos desconhecemos.
O problema relacionado ao uso da intuição é que ela é uma faculdade ainda em formação, talvez reservada para uma futura etapa da evolução humana.
Raramente podemos ter certeza da autenticidade da intuição. Freqüentemente o que entendemos por intuição é o afloramento de desejos ocultos ou de impulsos emocionais.
Como as emoções são impulsos primários, muitas vezes descontrolados, é necessário o uso da razão para harmonizar ou pelo menos estabelecer algum tipo de controle sobre as emoções, para que não se tornem destrutivas ou exageradamente agressivas.
Somente quando as emoções estão perfeitamente harmonizadas com a razão é que a janela da intuição pode-se abrir. Antes disso, a intuição é uma faculdade enganadora, mesmo que ocasionalmente possa emergir com autenticidade.
O fato é que podemos ter vários momentos de intuição autêntica em nossas vidas. O mais difícil é diferenciar as intuições autênticas das intuições falsas provocadas pelo afloramento de pulsões inconscientes ou de emoções reprimidas.
É muito comum alimentarmos o desejo que alguma coisa aconteça, e algum tempo após, termos a “intuição” de que aquilo vai de fato acontecer. É uma armadilha muito sutil e difícil de ser desarmada.
Por esse motivo, nossa atual etapa evolutiva é destinada ao desenvolvimento da razão.
Para o homem predominantemente racional, não é fácil distinguir a emotividade descontrolada do neurótico da intuição refinada do gênio. Ambos parecem ser pessoas desequilibradas e fora do eixo que ele conhece com segurança e certeza.
Interiormente, é imensa a diferença entre o gênio e o louco. Exteriormente, porém, parece ser tênue a diferença: ambos são seres que se situam fora dos comportamentos normais e previsíveis. Ambos são regidos por impulsos que estão além da estreita faixa da consciência. O gênio sendo regido por insights e inspirações da superconsciência, que está acima da razão. E o louco, pelo caos de seu subconsciente.
Ambos parecem não ser confiáveis, embora os resultados demonstrem que o homem verdadeiramente intuitivo está mais próximo da verdade e pode conseguir resultados superiores à razão.
Se examinarmos a história das grandes descobertas científicas, iremos constatar que praticamente todas tiveram uma grande dose de intuição, mesmo que a razão tenha sido utilizada para organizar, desenvolver, testar e apresentar aquelas idéias em um formato aceitável e compreensível.
Em todo ato criador, a intuição é predominante, visto que a razão não tem capacidade de criar nada. Ela pode apenas organizar, correlacionar e estruturar.
Devemos liberar nossas intuições e deixá-las fluir, evitando sempre a armadilha de tomar surtos emocionais de desejos reprimidos como intuições.
http://www.sociedadeteosofica.org.br/bhagavad/site/livro/cap33.htm
-------------------------

Intuição - o sexto sentido

Os cinco sentidos físicos são os órgãos pelos quais entramos em contato com o mundo da terceira dimensão. Nossos olhos são sensíveis à luz e nos informam sobre a forma, a cor, o brilho do mundo à nossa volta. Com nossos ouvidos captamos as vibrações sonoras, como os sons e o ritmo dos elementos, dos animais, das palavras. Nosso paladar nos possibilita reconhecer o sabor dos alimentos, distinguir o doce do salgado, o cru do cozido. Nosso olfato acolhe os odores liberados pelas plantas, flores e frutos, pelos elementos naturais e artificiais, pelos animais e, especialmente, o dos parceiros amorosos. E para nos informarmos a respeito da textura e da temperatura das coisas do mundo, utilizamos o tato, que nos permite distinguir o liso do áspero, o frio do quente, o molhado do seco. Mas, para entrarmos em contato com o mundo não-físico, aquele que escapa aos nossos cinco sentidos físicos, dispomos de um sexto sentido, a intuição. Muito se fala da intuição, mas quando você pede a alguém lhe explicar o que é, dificilmente você receberá uma resposta esclarecedora. Parece que todos sabemos identificar e reconhecer uma percepção intuitiva. Muitas vezes, contudo, confundimos a intuição com nossos desejos e o fazemos, na maioria das vezes, para ocultá-los. Quando estamos otimistas, intuimos que nosso desejo vai se realizar. Quando estamos pessimistas, a intuição serve para nos preparar para o pior. Como podemos distinguir a intuição dos nossos desejos?
A intuição é um conhecimento espontâneo e imediato de algo com que entramos em contato, envolvendo basicamente a percepção e não o raciocínio lógico, seqüencial. Ela se diferencia dos outros cinco sentidos, porque não a comandamos, apenas podemos nos abrir para ela, numa atitude de receptividade que temos por hábito atribuir ao universo feminino. É por isto que as mulheres parecem ter o domínio da intuição.
A intuição não é um dom, mas um poder instintivo básico, uma habilidade de sobrevivência, presente em todos os seres humanos. Esta habilidade nos permite acessar, simultaneamente, informações de origem emocional, psicológica e espiritual, presentes em uma dada situação, e agir a partir delas com a rapidez de um raio. Assim é que a „intuição vê num relance o que a mente comum bem poderia levar uma vida inteira para tentar descobrir“.
Como sexto sentido, a intuição é apenas a chave para um saber apropriado e não um manancial de sabedoria que alguns seres humanos privilegiados podem acessar. E como acontece com qualquer habilidade, algumas pessoas têm mais facilidade para usar a intuição do que outras.
Apesar da intuição se manifestar num relance, ela não é uma habilidade de fácil utilização. Ela requer coragem para nos abrirmos ao manancial de informações que inunda nosso ser e produz, inicialmente, desconforto e confusão. Ela requer auto-estima, para suportarmos as dúvidas e conflitos que nos exigem questionar nossos valores e atitudes. E, principalmente, requer disciplina e organização para não confundir as informações captadas intuitivamente com pressentimentos, impressões instantâneas ou desejos oriundos de nossa base pulsional e emocional.
Indo além do que é racionalmente explicável, a intuição demanda um aprofundamento da percepção, estimula a conscientização de nossos valores e crenças, exige honestidade para rever nossos motivos, bem como requer disponibilidade para tomar conta de nossa própria vida e fazer as nossas próprias escolhas, enfrentando o medo da desaprovação.
Afirma Jung que „uma intuição não se faz, ao contrário, ela sempre vem por si mesma; tem-se uma intuição que surge por si mesma e apenas podemos captá-la, se formos rápido o suficiente“ . Para captarmos claramente as informações que se formam de dentro para fora, precisamos estar com todos os nossos sentidos abertos, sermos flexíveis em nossa sensibilidade, para captar os sinais do manancial cósmico.
Este „singular e maravilhoso momento de lucidez e de certeza“ só é possível, porque estamos imersos em um universo holográfico, esta totalidade da qual somos uma parte. A característica distintiva do holograma é cada pequena parte conter o todo, o que torna possível recriar a totalidade a partir de qualquer fragmento. „Em cada pequena parte da criação existe o todo, e em cada todo, existe cada pequena parte da criação“.
Mas, assim como precisamos aprender como usar um computador para ter acesso à rede internacional no espaço virtual, também precisamos aprender a lidar com nosso recurso intuitivo, para acessar a vastidão da realidade holográfica.
Para isto, precisamos aprender a utilizar nossa mente holograficamente, equilibrando nossas habilidades de cérebro esquerdo com as nossas habilidades de cérebro direito. Apenas assim seremos capazes de acessar em profundidade as múltiplas dimensões do universo.
E apenas assim, desenvolveremos plenamente nosso potencial como seres humanos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


Escritos de Lacan: Além do princípio de realidade “(Verdade da psicologia e da psicologia da verdade)

Compreende bem o noss
Compreende bem o nosso pensamento aqui. Nós não jogamos com o paradoxo de negar que a ciência tem de saber a verdade, mas não se esqueça que a verdade é um valor que reflete a incerteza com que a experiência humana fenomenologicamente está marcada e que os incentiva a busca da verdade Historicamente, sob o título de o espiritual, místico e os impulsos de regras morais, as orientações do asceta e achados mistagogo.
Essa busca, que impõe uma cultura inteira primazia da verdade em depoimento, criou uma atitude moral que tem sido e continua a ser a ciência uma condição de existência. Mas a verdade em seu valor específico continua a ser estranho para o fim da ciência: esta deve estar orgulhoso com as suas alianças com a verdade, não pode apontar para o fenômeno e seu valor, mas de nenhuma maneira pode identificá-lo como um fim em si.
Se parece que algum dispositivo, faça uma pausa para um momento vivido os critérios da verdade e pedir que estes são, dentre estes, o mais concreto remanescente no relativismo vertiginosa que vieram à física contemporânea e matemática “, Onde está a certeza do conhecimento místico-prova, os elementos-base da especulação filosófica e da não-contradição em si, mas a demanda de construção modesta empírico-racionalista? Mais acessível ao nosso ver, podemos dizer que o cientista se pergunta por exemplo se o arco-íris é real? Só se preocupa que esse fenômeno é comunicada em uma linguagem (condição mental da ordem), gravado de alguma forma (ordem condição experimental), e procurar inserida na cadeia de identificações simbólicas, em que sua ciência unifica a multiplicidade de seu próprio objeto (a condição de ordem racional).
Temos de concordar que a teoria físico-matemática no final do século XIX voltou-se para as fundações ainda muito intuitiva, posteriormente, eliminados, de modo que pudessem hypostatize na sua prodigiosa fertilidade e não foram reconhecidos como envolvidos na onipotência ea idéia de verdade. Além disso, os sucessos práticos da ciência que lhe deu prestígio perante a multidão deslumbrante que não relacionada com o fenómeno da prova, portanto ele estava em boa posição para servir a paixão finalidade verdade, despertar nas massas que a adoração novo ídolo, chamado cicntificismo, e os intelectuais “que pedantismo eterna, a ignorar como nas paredes da torre é a sua verdade, toda a realidade mutila isso você captura é dada. Quando o interessado apenas no ato de conhecer, por sua própria atividade científica, que é a mulher que comete o psicólogo associacionista, uma mutilação que, devido à sua natureza especulativa, não sem a vida humana e as conseqüências cruéis.
Uma visão semelhante impõe desprezo médica para a sua espantosa realidade psíquica, cujo escândalo perpetuado hoje com a preservação de qualquer formação escolar, é expressa no viés de observação, como a ilegitimidade de conceitos como do pitiatismo. Mas apenas para ser um médico, isto é, por excelência, uma prática da vida interior, nos quais aparece a luz, a maneira mais surpreendente, como uma negação da negação sistemática médico deve vir também do ponto de vista mesmo. Não negação puramente crítica que floresce no mesmo período de especulação sobre os “dados imediatos da consciência”, mas uma negação efetiva do fato declarado em uma positividade nova. Freud deu esse passo fértil, provavelmente porque, como é atestado em sua autobiografia que ele foi determinado para curar a sua preocupação, ou seja, uma atividade em que, contra aqueles que têm o prazer de ser relegado ao posto secundário ” uma arte “, devemos reconhecer o mesmo entendimento da realidade humana, na medida em que se aplica a transformá-la.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012




Intuição é uma forma de conhecimento que está dentro de todos nós, embora nem todas as pessoas saibam utilizá-la, de acordo com a psicóloga Virginia Marchini, fundadora do Centro de Desenvolvimento do Potencial Intuitivo, de São Paulo. Etimologicamente, explica Virginia, a palavra intuição vem do latim intueri, que significa considerar, ver interiormente ou contemplar. O matemático e filósofo Blaise Pascal referia-se à intuição como o produto da capacidade da mente de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, graças às infinitas conexões inconscientes que tornam possível à mente consciente fazer escolhas. Grandes cientistas, entre eles o físico Albert Einstein, considerado o maior intuitivo da história, enfatizaram o valor do potencial intuitivo. O psiquiatra Carl Jung dizia sobre o conhecimento intuitivo: “Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior”. Segundo Virginia, a mente intuitiva abre-se a respostas inovadoras e não dogmáticas, mas aprender a confiar na intuição é um grande desafio, pois o senso comum ainda considera a intuição um conhecimento de risco. “Pessoas com baixa auto-estima, por exemplo, têm mais dificuldade em acreditar na inteligência intuitiva em função de uma desconfiança em relação a tudo o que venha de seu interior”, diz Virginia. A psicóloga afirma que é possível desenvolver a intuição por meio de algumas técnicas, como o treino da habilidade no uso de imagens e símbolos, a aquisição de uma postura mais reflexiva e o desenvolvimento da autoconfiança. “Devemos confiar na intuição à medida que a autoconfiança e o autoconhecimento permitam ao indivíduo separar a intuição dos seus medos e desejos”, diz Virginia.



-----------------------------------------


Intuição - Você tem? Descubra como


Se você respondeu SIM. Bingo! Acertou! Porque todos nós temos intuição. Só que algumas pessoas com mais e outras com menos aguçada. Então, quando alguém lhe aconselhar e disser que a intuição dela está dizendo que você deveria fazer tal coisa, que tal arriscar? É bem provável que ela acerte o “palpite” e você se dê bem. Vale a pena comprovar não é mesmo?! Mas por que isso acontece mais forte com algumas pessoas? Tem pessoas que chegam a se declarar “videntes” de tão intuitivas que são. Mas intuição não é uma adivinhação. É uma impressão baseada em experiência.

Segundo os cientistas, existem quatro tipos de intuição : A intuição que é quase óbvia, a do dia-a-dia. Que é aquilo que fazemos e nosso cérebro vê se repetir quase que diariamente. Por exemplo: quando estamos dirigindo e vemos uma infração de trânsito sabemos que acabará em acidente, como por exemplo um motorista avançar o sinal numa via movimentada. Ou quando vemos um copo de vidro cair, sabemos que irá quebrar. Tem a intuição que vem da prática, que é aquela dos jogadores profissionais, que de tanto praticarem o esporte já sabem de onde vem a bola na quadra de esporte. Ou o professor que de línguas, que de tanta falar outro idioma, já não precisa mais pensar ao elaborar uma frase. Já é automático em seu cérebro. Tem a intuição que é quando conseguimos a resposta para um problema complexo sem ter raciocinado. As pessoas geralmente não sabem como chegaram aquela conclusão. E por fim, tem a intuição paranormal. Esta não tem explicação pela ciência.

Mas seja lá qual for o seu tipo de intuição, o mais importante é acreditar em seu potencial interior e saber que o seu cérebro tem esta capacidade de gravar as cenas vividas e quando for vivênciá-las novamente, de avisá-lo sobre o que irá acontecer, como irá acontecer e quais serão as consequências . Isto é o essencial. Ele é o seu grande aliado. Está lhe protegendo. Avisando sobre os riscos e perigos. Por isso sempre escute a sua intuição. Dê ouvidos ao seu interior.

Veja o que grandes nomes da história diziam sobre a intuição :

O psiquiatra Carl Jung dizia sobre o conhecimento intuitivo: “Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior”.

“Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do Universo – o único caminho é a intuição” – frase atribuída a Albert Einstein (1879-1955). O físico Albert Einstein, foi considerado o maior intuitivo da história e enfatizou o valor do potencial intuitivo.




-----------------------------------------


A intuição não é um dom mágico, mas uma capacidade do cérebro que pode ser desenvolvida e aplicada na hora de tomar decisões


Por Rosane Queiroz

Há sete anos a terapeuta junguiana Lúcia Rosemberg desistiu na última hora de uma viagem marcada para Campos do Jordão. Era réveillon. Ela iria com os filhos e uma amiga. “Na hora de arrumar as malas senti uma preguiça inexplicável, daquelas de encostar no batente da porta e falar: ‘Ah, não quero mais...' " Não foi. No dia 2 de janeiro caiu um raio na casa. “Pegou fogo na fiação, o quarto onde estariam meus filhos foi destruído." Para a terapeuta, ter escutado a própria intuição foi o que evitou a tragédia. “O inconsciente sabe antes, é que a gente não dá ouvidos."

Conhecida como sexto sentido, a intuição não tem nada de sobrenatural. É uma capacidade do cérebro. Carl Gustav Jung a comparou a uma bússola, uma função da psique que desvenda possibilidades. Envolve a comunicação dos dois hemisférios do cérebro: o esquerdo, que é racional e armazena dados concretos - números, palavras e regras; e o direito, responsável pela linguagem não-verbal - símbolos, imagens e sensações. Relacionar o que vem de um e do outro é intuir.

A questão é como interpretar o que está lá dentro. O processo não é lógico nem linear. Sensações não seguem regras cartesianas, não são concatenadas, não obedecem a uma ordem temporal: aqui, quem dita as regras é o inconsciente.

Trazer para a consciência esse conhecimento interior significa dar vários passos. Resgatar os sinais dos cinco sentidos é um dos primeiros. Conseguir relacionar e interpretar dados objetivos e subjetivos é um dos mais difíceis porque o lado racional tende a desprezar o acaso, as emoções e impressões. Prestar atenção tem peso decisivo: “Não precisa ser vidente. A atenção torna as coisas evidentes", diz Lúcia Rosemberg. Definir um foco de atenção é mais do que uma rima para ativar a intuição - o termo vem do latim “intueri", que significa “olhar atentamente".

Aprender a formular a pergunta certa, direta e sem ambigüidades, é meio caminho andado na direção da resposta. A especialista Laura Day, consultora de executivos e celebridades nos Estados Unidos, dedicou um capítulo inteiro à importância das perguntas em seu “Manual da Intuição Prática" (Ed. Rosa dos Tempos), acreditando que essa elaboração inicial já aciona informações inconscientes sobre a questão.

Limpar a cabeça e se distanciar do problema ajuda a focalizar o que parece estar escondido. Albert Einstein costumava fazer palavras cruzadas para distrair a mente e permitir que a intuição se manifestasse. Para os cientistas, intuir significa conjugar fatos que, à primeira vista, não têm ligação. “A pessoa é mais intuitiva quanto maior for seu banco de dados e sua capacidade de interpretá-los", diz o neurologista Arthur Oscar Schelp, professor da Unesp. Ou seja: quem tem mais conhecimento armazenado vê o que os outros não enxergam. A intuição não despreza o conhecimento, mas elabora a informação de maneira diferente da mente lógica.

É um processo de compreensão instantânea que começa, às vezes, da mera percepção do acaso. Foi assim que no século 13 Robert Grosseteste conseguiu explicar o fenômeno do arco-íris, numa época em que se acreditava que aquilo era manifestação divina.

O astrofísico Amâncio Friaça, da USP, conta que Grosseteste observou o prisma que se formava quando a luz incidia sobre globos de água em seu laboratório. Associou o que via às gotículas de água suspensas no ar depois da chuva e que são cortadas pela luz do sol. Testou e confirmou a hipótese, chegando à explicação para o arco-íris.

É preciso diferenciar intuição do desejo de que algo aconteça e também da paranóia. Paranóia é um medo que se repete, intuição é um insight que acontece depois de uma recombinação inconsciente de fatos, observações e sensações. Segundo Lúcia Rosemberg, a questão é aprender como e para onde transferir a atenção, já que os sinais intuitivos costumam aparecer na forma de metáforas e associações aparentemente sem sentido. É dar ordem ao caos sem seguir uma linha lógica.

Talvez por isso a intuição seja relacionada à mulher, mais ligada à sensibilidade, receptividade, compreensão, subjetividade. “São atributos femininos, mesmo no homem”, diz Lúcia Rosemberg. Tudo o que cada pessoa percebe, sente, sonha, lembra tem significado. A educação voltada para a lógica bloqueia a capacidade de interpretar esses dados. “É preciso dar crédito àquilo que não é comprovado, mas é inegável”, sublinha a terapeuta.

Abrir na rotina um tempo para silêncio e recolhimento ajuda. Registrar e interpretar sonhos e impressões também, porque essas práticas facilitam o acesso ao mundo interno. Intuição, todo mundo tem. As respostas estão todas dentro, a trilha de acesso é sempre individual.



-----------------------------------------


Texto por Eliana Dutra


Muitas pessoas pensam que intuição é um dom , ou nascemos com ela, ou nascemos sem. Outras pensam que é algo místico, que pode ser atingido somente através de horas de meditação, quando o universo se manifesta e de alguma forma revela seus segredos...

Mas - isso já aconteceu com você - as pessoas fazem escolhas, tomam decisões que, simplesmente, não conseguem explicar. Você sabe como é. Por que resolveu pegar aquele caminho para o escritório ao invés do trajeto que sempre faz? Por que este candidato ao invés daquele, se os dois tinham a mesma formação? Pois isto é a intuição em ação.

É comum as pessoas tentarem explicar este tipo de decisão como um gosto ou um capricho. Na realidade, grande parte dos pensamentos que cruzam nossa mente, com tanta rapidez que mal notamos, é intuição. Vale notar que nossa intuição funciona para todo tipo de coisa desde as cotidianas e não importantes, até para você encontrar sua alma gêmea ou ganhar na loteria.

Intuição é um caminho para o saber, igual a qualquer outra fonte de informação como ver, ouvir, ler, etc. E como nestas outras fontes você pode treinar-se para usar sua intuição, da mesma forma que um músico educa sua audição e passa a distinguir tons de semitons e, com sua intuição educada, então, poderá decidir mais rápido e com menos esforço.

Assim como o músico ao iniciar o aprendizado confunde as notas de uma pauta, você deve estar atento para o fato de que você pode ter interpretado mal a mensagem que sua intuição lhe passou, assim é útil testá-la no mundo real.

Aqui vão algumas práticas, que podem ajudá-lo no processo, de treinamento de sua intuição.


  1. Abra-se para as novidades. Assim, sua intuição poderá se infiltrar na sua consciência ao invés de ser filtrada pela sua consciência.
  2. Respeite suas próprias emoções, sensações, sentimentos, pensamentos, pois quanto maior contato você tiver com o que você sente, mais fácil fica ouvir sua intuição.
  3. Respeite a intuição dos outros. Isto não quer dizer que você deve aceitar tudo que os outros dizem, mas sim entender que nem tudo pode ser explicado.
  4. Desista da vaidade e do medo de errar. Lembre-se erros não destruem uma carreira, a vaidade sim. A vaidade é o "liqüidificador" de intuição.
  5. Lembre-se que a intuição está sempre correta, mas fique alerta para a interpretação que você pode estar somando a ela, você pode estar interpretando mal.
  6. Entenda que a sua intuição chega a você passando por uma série de filtros (pressupostos culturais, preconceitos, falsas premissas) e que por isso alguns pensamentos intuitivos passam um mal pedaço para chegar até você ... e nem sempre chegam inteiros.
  7. Teste sua intuição, comece a atuar de acordo com ela e busque descobrir o que está aprendendo.
  8. Pratique ouvir e confiar na sua intuição, para pequenas e grandes decisões. Afinal, quando chega o momento, você nunca terá todos os elementos para poder decidir racionalmente, mesmo...



-----------------------------------------


O Espiritismo é o conjunto de leis morais que disciplinam as relações do "Mediunismo" entre o plano visível e o invisível, coordenando também o progresso espiritual de seus adeptos. Mas os fenômenos mediúnicos começaram a ocorrer muito antes de ser codificada a doutrina espírita, assim como também podem se registrar independentemente de sua existência. Sem dúvida, temos que distinguir que a mediunidade é uma manifestação que pode ocorrer independentemente do Espiritismo; o primeiro é uma "faculdade", que pode não estar sujeita a doutrinas ou religiões; o segundo é "doutrina" moral e filosófica codificada por Allan Kardec, cuja finalidade é a libertação do homem dos dogmas asfixiantes e das paixões escravizantes.

Intuição e mediunidade são termos normalmente associados ao Espiritismo no entanto podem existir bons médiuns, mesmo ignorando as obras de Allan Kardec e que professem outras crenças como o Catolicismo, o Protestantismo, a Teosofia, o Esoterismo, o Budismo, o Islamismo, o Hinduísmo e o Judaísmo ou que pertençam à diversas ordens iniciáticas como a Maçonaria, Rosa-Cruz, Templários, etc. e que possuem alto critério espiritual, mesmo alheios aos postulados espíritas.

Isso porque todas as pessoas possuem um certo grau de mediunidade, sabendo ou não deste fato. Há vários tipos desse dom do ser humano, o mais comum e que cada um de nós já pôde experimentar algum dia é a intuição. Intuição é uma palavra de origem latina "In tueri" que significa "olhar para dentro". Quem nunca teve um pressentimento de fatos felizes ou tristes em sua vida e que algum tempo depois se concretizou ? Quem nunca ouviu aquela voz interior elogiando ou criticando uma atitude tomada ?. Você já apostou numa rifa com a certeza de que acertaria o número premiado ?.

Todo mundo nasce com essa vocação, o difícil é coloca-la em prática. Na correria do dia a dia, quase ninguém tem tempo, vontade e paciência para ouvir os sinais da intuição, e sem esses ingredientes , não é possível captar as mensagens enviadas por ela antes de tomar uma decisão.

A mediunidade permite o intercâmbio entre as duas dimensões principais que formam a nossa vida : a material ( Corpo ) e a imaterial ( Espírito ). A intuição não é truque, ela faz parte da natureza humana e age no lado direito do cérebro, responsável pelas emoções. Quando uma mensagem intuitiva brota na mente, o lado direito do cérebro encaminha essa mensagem para o lado esquerdo, que é ligado ao intelecto e a razão. No momento em que essa informação é interpretada, o organismo libera substâncias químicas, que estimulam a atividade cerebral. Por isso a pessoa tem a impressão de que algo vai acontecer. Nesse instante, sente o coração bater mais rápido, pode suar e ficar com a pele avermelhada.

Esse processo é defendido pela neurologia, a área da medicina que estuda o funcionamento do cérebro. Porém os místicos têm outra explicação; para eles, a intuição é "soprada" pelo plano Divino, seja por meio dos Anjos ou de "Espíritos do Bem". Esses seres de luz beneficiam as pessoas com a capacidade de intuir para que elas se apeguem menos aos bens materiais e possam reconhecer a importância dos valores espirituais para a evolução da alma.

Os místicos vão mais além , segundo eles, é possível não apenas usar a intuição para receber auxílio no presente, como também recorrer a esse dom para lembrar de acontecimentos experimentados em outras vidas, corrigindo os erros do passado. Quantas vezes você já foi apresentado a uma pessoa e teve a impressão de que o rosto dela lhe é familiar ? Pode ser obra de sua intuição, que o(a) desperta para uma outra época em que você e essa pessoa compartilharam momentos, sejam eles bons ou ruins. Por algum motivo, a sua memória é ativada para que juntos, possam "acertar as contas" na existência atual e prosseguir no desenvolvimento espiritual.

Os sonhos também podem ser canais de expressão da sua intuição, muitas vezes, forças espirituais transmitem conselhos ou avisos durante o sono. Quem sonha com a morte de uma pessoa querida e esse fato se confirma, deve aceitar esse aviso como uma preparação emocional para aquele acontecimento. Mas os sonhos não são apenas mensageiros de eventos infelizes, muitos cientistas fizeram grandes descobertas por meio de mensagens recebidas enquanto dormiam. Friedrich Kekulé em 1865, sonhou com uma estranha cadeia molecular, acordou assustado, porque o sonho havia lhe revelado a fórmula do benzeno, utilizado na fabricação de inseticidas e plásticos em geral.

Você pode "ouvir" o que os seus sonhos dizem. Habitue-se a anotar num caderno as imagens trazidas pelo inconsciente assim que acordar. Dessa forma, ficará mais próximo(a) das suas emoções e, portanto sensível ao poder da sua intuição.

A história está repleta de fatos curiosos que atestam a validade da intuição. Júlio Rasec tecladista dos Mamonas Assassinas, deixou gravado em vídeo o seu mal pressentimento em relação ao acidente que se confirmou em março de 1996, onde ele e os amigos perderam a vida em um acidente de avião. James Dean, ignorou o alerta feito por um amigo de que sofreria um acidente automobilístico, uma semana depois bateu com seu Porshe que havia comprado há uma semana e morreu na hora.

É preciso estar preparado para conviver com uma intuição forte, pois como podemos constatar nem sempre as mensagens são agradáveis. Ficamos deprimidos quando reconhecemos a nossa impotência diante de fatos que conseguimos prever, mas que não podemos evitar. Muitas vezes ficamos com a impressão de que fomos nós que provocamos aquele fato, o que não é verdade. Por essa razão é preciso praticar diariamente rituais e exercícios espirituais, como : mantras, orações, meditação e boas leituras, para que nosso espírito possa suportar a carga emocional que acompanha essas premonições.

O êxito do trabalho intuitivo e mediúnico depende muito mais de renúncia, desinteresse, humildade e ternura de seus praticantes do que de qualquer manifestação fenomênica espetacular, que empolga os sentidos físicos mas que não converte o espírito ao Bem.

Freqüentemente nos perguntam se intuição é apenas um dom ou pode ser desenvolvida, e a resposta é : Intuição é um dom que precisa ser exercitado para desenvolver-se.

Saiba que todo mundo tem um pouco de intuição, basta exercitá-la, acredite mais nos seus pressentimentos e saiba que nem tudo no Universo tem explicação científica. Para ativar o seu dom, fique algum tempo só, não seja tão racional e preste mais atenção à sua voz interior. Você descobrirá um Universo maravilhoso no seu interior !
Veja à seguir alguns exercícios que podem facilitar o desenvolvimento da sua intuição.
Atenção : Quando decidir fazer um ritual, é preciso estar convencido(a) totalmente do sucesso final e visualizar o resultado. Em momento algum deve passar pela sua mente a idéia de fracasso. Desejar o resultado, com todas as forças positivas do pensamento, é garantir as energias necessárias para obter o sucesso esperado.
Exercícios para despertar a intuição

1 - Tradição Oriental
Relaxamento.
Em um ambiente tranqüilo, deite-se e respire profundamente.
Feche os olhos ao som de uma música instrumental.
Procure eliminar de sua mente qualquer pensamento negativo.
Se adormecer, preste atenção nos seus sonhos.
Escreva sobre o que sentir ou sonhar sem censura.
Fuja do estresse caminhando em bosques e jardins, de preferência com os pés descalços.

2 - Tradição Cristã
Ritual Para Desenvolver a Intuição.
Vá a um local tranqüilo, acenda um incenso de artemísia ( ou outro de sua preferência ), relaxe o seu corpo e pense nas coisas que gostaria de prever. Depois guarde as cinzas do incenso numa caixinha e coloque num lugar onde ninguém mexa ( seu altar por exemplo ).
Quando quiser descobrir algo, segure a caixinha e reze o salmo 91.

SALMO 91
( A segurança daquele que se refugia em Deus )
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo,
à sombra do Onipotente descansará.
Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio,
a minha fortaleza e nele confiarei.
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro,
e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com suas penas,
e debaixo das suas asas estarás seguro
A sua verdade é escudo e broquel.
Não temerás espanto noturno,
nem seta que voe de dia.
Nem peste que ande na escuridão,
nem mortandade que assole ao meio dia.
Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita,
mas tu não serás atingido.
Somente com os teus olhos olharás
e verás a recompensa dos ímpios.
Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio!
O Altíssimo é a tua habitação.
Nenhum mal te sucederá,
nem praga alguma chegará à tua tenda.
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito,
para te guardarem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão nas suas mãos
para que não tropeces com o teu pé em pedra.
Pisarás o leão e o áspide,
calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
Pois que tão encarecidamente me amou também
eu o louvarei; po-lo-ei num alto retiro,
porque conheceu o meu nome.
Ele me invocará, e eu lhe responderei;
estarei com ele na angústia,
livra-lo-ei, e o glorificarei.
Dar-lhe-ei abundância de dias
e lhe mostrarei a minha salvação.