segunda-feira, 13 de junho de 2011


A MORTE!

Já viste, numa tarde de Outono, cair as folhas mortas? Assim caem todos os dias as almas na eternidade. Um dia, a folha caída serás tu.
(Josemaria Escrivá)
Aos “outros”, a morte paralisa-os e espanta-os. – A nós, a morte – a Vida – dá-nos ânimo e impulso. Para eles, é o fim; para nós, o princípio.
(Josemaria Escrivá)
Os mortos são na vida os nossos vivos. Andam pelos nossos passos, trazemo-los ao colo pela vida fora e só morrem connosco.
(Florbela Espanca)
Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)
Sem dúvida, a morte não fazia parte da natureza, mas tornou-se natural; porque Deus não instituiu a morte ao princípio, mas deu-a como remédio. Condenada pelo pecado a um trabalho contínuo e a lamentações insuportáveis, a vida dos homens começou a ser miserável. Deus teve de pôr fim a estes males, para que a morte restituísse o que a vida tinha perdido. Com efeito, a imortalidade seria mais penosa que benéfica, se não fosse promovida pela graça.
(Santo Ambrósio)
Não faças da morte uma tragédia, porque o não é! Só filhos sem coração não se entusiasmam com o encontro com os pais!
(Josemaria Escrivá)
A ideia de morrer talvez trinta anos mais tarde não estraga as alegrias de um homem. Trinta anos, três dias… é uma questão de perspectiva.
(Saint-Exupéry, Terra dos Homens)
Com a morte diante dos olhos a questão do significado da vida torna-se inevitável.
(Bento XVI, Spes Salvi)
Nunca esqueçais que depois da morte vos receberá o Amor. E no amor de Deus encontrareis, além do mais, todos os amores limpos que tenhais tido na terra.
(Josemaria Escrivá)
Queremos ir ao Céu, mas não queremos ir por onde se vai para o Céu…
(Padre António Vieira)
Diante da morte, sereno! Quero-te assim. Não com o estoicismo frio do pagão, mas com o fervor do filho de Deus, que sabe que a vida muda, mas não acaba. – Morrer?… – Viver!
(Josemaria Escrivá)
As Almas são substâncias divinas. E depois da morte abrem um caminho para o céu. Não penso como os que recentemente se puseram a sustentar que a alma perece com o corpo, e que tudo é destruido pela morte. Prefiro submeter-me à autoridade dos antigos, à dos nossos pais, que rendiam aos mortos honras religiosas (o que não fariam, sem dúvida, se acreditassem que os mortos eram insensíveis).
(Cícero)
Não morremos para nós mesmos: morremos uns para os outros e, às vezes, uns pelos outros.
(Bernanos)
Há muitas coisas que adquirem uma importância e uma cor diferentes no momento em que um médico nos vem dizer que temos apenas umas poucas semanas de vida. Que nos importa então se o nosso clube ganhou ou perdeu, se o jantar é carne ou peixe, se visto esta camisola ou aquela, se certa pessoa disse aquilo de mim?…
Visto à luz da morte, tudo isso adquire a sua verdadeira envergadura. E entendemos, então, o que é importante e o que não o é tanto. Ilumina-se o nosso olhar. E isso é útil para nós. Tira-nos de certos enganos a que somos extremamente atreitos.

(Paulo Geraldo)
Todas as coisas daqui de baixo são um punhado de cinza. Pensa nos milhões de pessoas – já defuntas – “importantes” e “recentes”, de quem ninguém se lembra.
(Josemaria Escrivá)
Quem organiza a sua vida como se não houvesse a morte não está bom da cabeça…

Possuis apenas aquilo que não perderás com a morte; tudo o mais é ilusão.
(Autor desconhecido)
A vida revela-se ao mundo como uma alegria. Há alegria no jogo eternamente variado dos seus matizes, na música das suas vozes, na dança dos seus movimentos. A morte não pode ser verdade enquanto não desaparecer a alegria do coração do ser humano.
(Tagore, escritor indiano)
 A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos.
(Salmo 90, Bíblia)
O homem fraco teme a morte, o desgraçado chama-a; o valente procura-a. Só o sensato a espera.
(Benjamin Franklin)
Entre a sociedade de hoje e os intelectuais medeia um entendimento tácito. «Conto contigo – dizem os leitores – para que me forneças os meios para esquecer, disfarçar, negar, em suma, a morte. Se não cumprires este encargo, expulso-te, ou seja, não te lerei».
(Louis Vincent Thomas, antropólogo francês)
Aquilo que verdadeiramente é mórbido não é falar da morte, mas nada dizer acerca dela, como hoje sucede. Ninguém está tão neurótico como aquele que considera ser neurótico decidir-se a pensar sobre o seu próprio fim.
(Philippe Ariès)
Aconteceu-nos uma coisa realmente curiosa: tínhamo-nos esquecido de que temos de morrer. É esta a conclusão a que chegaram os historiadores depois de terem examinado todas as fontes escritas da nossa época. Uma investigação realizada nos cerca de cem mil livros de ensaio publicados nos últimos vinte anos mostraria que apenas duzentos deles (0,2%, portanto) tocavam o problema da morte. Livros de medicina incluídos.
(Pierre Chaunu)
Devíamos pensar na morte. Analisá-la. Medi-la. Não como quem mede um inimigo, para ver se é possível derrotá-lo, mas como quem olha para dentro de si mesmo com o objectivo de se conhecer.
De todos os seres vivos, só o homem possui o conhecimento certo de que vai morrer. Esse conhecimento – manifestação da grandeza do homem – é luminoso e útil: permite-nos saber o que somos e o que são realmente todas as coisas; permite-nos tirar conclusões sobre o sentido da nossa existência – temporária, passageira – neste planeta que deambula num universo imenso.

(Paulo Geraldo)
Alegramo-nos, às vezes, no momento em que despertamos de um sonho lúgubre. Poderia ser assim no momento que se segue à morte.
(Nathanael Hawthorne)

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