sexta-feira, 15 de abril de 2011

O sentimento de inferioridade PDF Imprimir E-mail


Existe um complexo que é bastante comum e que, com freqüência, desfaz vidas e profissionais em vendas. Refiro-me ao chamado "complexo de inferioridade" ou "sentimento de inferioridade".
O sentimento de inferioridade é uma idéia ou uma série de idéias fortemente atadas por um vínculo emocional, que nos faz sentir inferiores a nossos semelhantes.
Podemos ter perfeita consciência da nossa inferioridade pessoal; podemos reconhecer ou ignorar completamente essa inferioridade, embora evidentemente se apresente em nossa conduta diária.
A desilusão, o fracasso, a derrota, a enfermidade, são as sementes do complexo de inferioridade. Ninguém gosta de ser relegado a um plano inferior, nem que lhe faça pouco caso, nem que lhe considere um fracasso.
O êxito é recompensado com a segurança e o fracasso se torna ainda pior porque traz a insegurança.
Desejamos ter êxito, dominar as dificuldades, sentir-nos fortes.
As bases da inferioridade podem ser físicas, mentais e ambientais ou mesmo as três coisas combinadas.
Desde que um sentimento de inferioridade se enraíza na personalidade, seja qual for a sua causa, a batalha esta travada.
Quer a pessoa o reconheça ou não, produz inevitavelmente, desejos, anseios, ansiedades e esforços para conseguir um alívio.
A pessoa tem que desfazer-se do sentimento de inferioridade ou será por ele destruída.
Ao esforço para liberta-se, aliviar ou vencer a inferioridade, chamamos "compensação".
Existem, entretanto, aspectos positivos no sentimento de inferioridade que são construtivos.
O complexo de inferioridade já foi mesmo chamado "o complexo dourado" ou a "glória do imperfeito".
Esse sentimento do "imperfeito", é que nos mantém firmes na luta; é o que nos impede reclinar uma presunção tola do que possuímos, do que somos, é o alento da inspiração e do progresso.
É a falta do êxito que nos mantém na luta e nos permite superar-nos; é o sentimento de inferioridade que nos dá forças para receber bem cada contrariedade, cada estímulo que nos impele para frente e não permanecermos parados.
O complexo de inferioridade, longe de ser um obstáculo, é para muitos, uma benção.
A inferioridade é, de certo modo, relativa, e embora a uma pessoa falte capacidade num determinado setor, é certo que encontrará compensações desviando suas atividades para outros rumos.
Quando a inferioridade é levada a luz clara da consciência, as compensações são geralmente dirigidas para uma vida mais feliz.
As inferioridades físicas podem encontrar muitas compensações.
A presença do sentimento de inferioridade oferece a pessoa dois problemas mutuamente dependentes. O homem possui uma característica que, dirigida sabiamente, pode conduzi-lo ao êxito, a adaptação ao meio e a felicidade.
Conheço muitos profissionais que aprenderam a conviver com suas dificuldades e deficiências, venceram, e hoje são exemplo de sucesso e referência para os seus colegas.
Em contrapartida, todos conhecemos pessoas que se acomodaram e se deixaram vencer pelo sentimento de inferioridade, trazendo para sua vida, pessoal e profissional, um manto de lamentações e justificativas. Pessoas assim, estao a todo o momento tentando explicar e rocurando argumentos para qualificar e quantificar os seus limites de inferioridade.
O sentimento de inferioridade é uma emoção negativa que abala o sucesso profissional. Para vencer na vida, pessoal e profissional, você precisa domina-la.
O primeiro passo é o reconhecimento da existência do complexo de inferioridade. A apreciação franca e honesta do estado interior dos conflitos bastam para abrir caminho a um ataque inteligente e bem planejado contra a dificuldade.
Não devemos temer nossas emoções, nossos sentimentos, nem a nós mesmos.
Os ideais, os grandes propósitos, a vida pessoal e social, se forjam com a desilusão, a frustração, o sofrimento, as decepções, quer dizer, com as grandes emoções do medo, insegurança, descontentamento e o amor (desejo de segurança pessoal e social).
A pessoa tem que aprender a se conhecer, e a aceitar a si e as suas emoções, suas qualidades, suas deficiências, a fim de construir e desenvolver.
Mesmo os profissionais vitoriosos sabem que ninguém, nem eles, são perfeitos.
Os vencedores, os vitoriosos, aprenderam a conviver com as suas deficiências, por isso venceram.
Existem milhares de exemplos de pessoas que venceram, apesar das dificuldades que a vida lhes apresentou.
Se você começar a fazer uma retrospectiva mental, lembrará que, muitas das suas vitórias, pessoais e profissionais, foram alcançadas em momentos de grande superação.
Pense nisso, continue no seu esforço para atingir o sucesso.

Narciso Machado

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