quinta-feira, 10 de novembro de 2011

                                      CONSCIÊNCIA E COMPORTAMENTO VERBAL1
Lígia Maria de Castro Marcondes MachadoInstituto de Psicologia – USP
Examina-se aqui a consciência na perspectiva do Behaviorismo Radical. Pode-se entender a consciência como a capacidade de descrever o que se está fazendo, de forma verbal, manifesta ou encoberta. A consciência também tem a ver com o controle do comportamento por regras. Seguir regras é ser consciente, no sentido de que quem se comporta "sabe o que está fazendo". O Behaviorismo Radical considera o operante verbal e a consciência como aspectos distinguidores do homem; ambos são produto da seleção pela conseqüência: o operante verbal ao nível do condicionamento operante; e a consciência ao nível da seleção de culturas.
Descritores: Consciência. Comportamento verbal. Behaviorismo.
A perspectiva que vou apresentar aqui com relação ao estudo da consciência é a do Behaviorismo Radical. O Behaviorismo Radical é uma filosofia da Psicologia que considera como seu objeto de estudo o comportamento dos organismos. Considera que seu programa de pesquisa visa descobrir de que variáveis o comportamento é função, procurando-as na história filogenética e ontogenética do organismo e localizando-as no ambiente presente deste organismo.
Comportamento tem uma conceituação abrangente, para justificar o radical do nome - Behaviorismo Radical - e para fundamentar a coerência do Modelo. Por comportamento, designa-se um conjunto de funções que promovem a interação do organismo com o ambiente (Skinner, 1984). Envolve agir, pensar e sentir. Enquanto caminho pela sala, estou me comportando; enquanto penso no que vou dizer em seguida, estou me comportando; enquanto sinto a ansiedade característica de me expor ao público, também estou me comportando.
A posição é, então, monista: não há divisão do organismo em mente e corpo, que acarretaria na definição da Psicologia como a ciência da mente. O organismo é considerado como um todo e a Psicologia se ocupa de sua interação com o ambiente, garantida pelo comportamento. A diferença entre agir, pensar e sentir é o grau de acessibilidade que permitem tanto ao observador externo quanto à própria pessoa que se comporta (Skinner, 1982).
As variáveis que determinam o comportamento são variáveis ambientais que exercem sua determinação ao longo da história do organismo enquanto membro de uma espécie, enquanto indivíduo e enquanto membro de uma cultura. Em todas as instâncias, o modo de ação do ambiente é a seleção pela consequência.
Enquanto membro de uma espécie, o comportamento de um organismo é determinado filogeneticamente e é produto da seleção natural. Enquanto indivíduo, o comportamento de um organismo é determinado ontogeneticamente e é produto do condicionamento operante.
Enquanto membro de uma cultura, o indivíduo se comporta da maneira que foi ensinado, isto é, de acordo com as contingências de reforçamento mantidas pelo grupo. "A seleção natural propicia-nos o organismo; o condicionamento operante, a pessoa; e (...) a evolução da cultura permite a existência do eu." (Skinner, 1991, p.44, grifos do autor).
A passagem do nível ontogenético para o nível cultural de seleção pela consequência, que resulta na emergência do eu, é garantida pelo comportamento verbal. O processo tem início a nível do indivíduo e, práticas originadas deste modo, que contribuem para o sucesso do grupo em resolver seus problemas, se tornam parte da cultura.
Embora se possa pensar, teoricamente, na seleção pela conseqüência a nível da prática de qualquer grupo, o certo é que ela é grandemente favorecida pelo comportamento verbal. O comportamento verbal permite a ocorrência de processos através dos quais os indivíduos aproveitam o comportamento já adquirido pelos outros. Cada indivíduo, então, pode apresentar comportamentos sem ter passado antes pela situação particular na qual o comportamento é requerido.
Para que isso se tornasse possível, foi necessário que o comportamento verbal, presente em várias espécies por determinação filogenética, fosse colocado sob controle de suas conseqüências a nível ontogenético. Isto é, foi necessário que o comportamento verbal pudesse ser adquirido ao longo da vida de cada indivíduo. O operante verbal que resulta da sensibilidade ontogenética do comportamento verbal a suas consequências é, como tal, exclusivo da espécie humana (Skinner, 1990).
Skinner destaca a importância deste ponto quando compara o comportamento de um rato que pressiona a barra com o de um ser humano que explora uma máquina de café ainda desconhecida. O rato pressiona a barra, recebe comida como conseqüência e, então, passa a pressionar mais rapidamente. Nós, também, apertamos o botão da cafeteira, enchemos a xícara de café e, então pressionamos o botão que a xícara de café for um reforçador. "Diferimos, porém, do rato porque somos capazes de contar o que aconteceu (‘Apertar o botão faz sair café’)." (Skinner, 1991, p.62).
Este é um primeiro sentido em que podemos entender a consciência: a capacidade de descrever o que se está fazendo. E é verbal. É verbal por definição, porque é conseqüenciado pela mudança no comportamento do ouvinte; é verbal na origem ontogenética, porque é estabelecido através da interação verbal do aprendiz-ouvinte com o falante-membro da comunidade lingüística; e é verbal a cada instância na forma (oral ou escrita, manifesta ou encoberta, não importa) e na função, já que é iniciada e mantida pelo comportamento verbal do ouvinte.
E o comportamento de descrever é mantido pelo ouvinte porque é útil para ele particularmente e para o grupo em geral. A importância da descrição fica clara - e sua relação com a noção de consciência mais estreita - quando consideramos a descrição de eventos internos. Quando a criança diz para a mãe "tenho fome", a mãe pode providenciar o que comer. Isso é obviamente útil para a criança, que é alimentada, mas é igualmente útil para a mãe, que lida melhor com a criança quando é informada sobre o que está dentro de sua pele. Por isso, a mãe - ou o membro mais próximo da comunidade - ensina a criança a descrever o que sente. E a criança se torna capaz de dizer quando tem fome.
Mas, a criança se torna capaz de dizer mais do que tenho fome: ela aprende a dizer "tenho medo", "estou feliz", "sou tímida"," amo você". Aprende porque é ensinada. E é ensinada por conta de contingências práticas como aquelas que levam a mãe a perguntar se a criança tem fome." Desta forma, contingências práticas levam os indivíduos a apresentarem, uns aos outros, perguntas que resultam na auto-observação que denominamos consciência."(Skinner, 1991, p.77).
É aqui que se completa a determinação das características comportamentais do indivíduo, porque é aqui que se fecha o conjunto de variáveis responsáveis por seu comportamento: organismo, produto da seleção natural; pessoa, produto do condicionamento operante; eu, produto da evolução de uma cultura. E o conjunto se fecha aqui porque é aprendendo a se descrever que a pessoa constrói o seu eu. "O eu é o que a pessoa sente a respeito de si própria." (Skinner, 1991, p.45).
Então, enquanto é verbal a sua auto-descrição, é verbal o seu eu, é verbal a sua consciência.
Mas, isso não encerra o ponto em torno da relação entre comportamento verbal e consciência. Para passar ao próximo ponto, deixe-me lembrar o episódio da pessoa que descobre como funciona a cafeteira nova. Ela explora a máquina, descobre o que fazer e formula uma regra: "Para fazer sair o café, deve-se pressionar o botão". Este episódio está ilustrando, então, como eu já disse, a função do comportamento verbal de descrever os estímulos presentes (botão, cafeteira, café) e, também, a função do comportamento verbal de dar instruções ("Pressionar o botão faz o café sair").
Aprender através de instruções remete ao controle do comportamento por regras. Uma das primeiras práticas verbais sensíveis à conseqüência ontogeneticamente pode ter sido a de dar ordens (Catania, 1986): o falante dizendo ao ouvinte o que fazer. Isso teria permitido a cooperação no caçar e no pescar, por exemplo, aumentando a chance de sobrevivência do grupo cujos membros demonstrassem esta sensibilidade. Com o advento da escrita, falante e ouvinte puderam se tornar separados temporalmente e espacialmente, permitindo a transmissão de instruções de geração para geração.
A função da regra em geral e das instruções em particular é a de criar estímulos discriminativos. Quando digo "apertar o botão faz o café sair", torno o botão um estímulo discriminativo para o comportamento de apertar que é reforçado pela saída do café. Graças a esta função, seguir regras permite a ocorrência de comportamento novo: posso andar em uma cidade que não conheço, porque um mapa me "mostra" o caminho. Se, ao chegar a algum lugar, alguém me perguntar o caminho, sou capaz de dizer: "basta tomar o ônibus XIZ na esquina das ruas M e N, descer no ponto final e caminhar duas quadras". Posso descrever o meu comportamento de tal forma que, quem me ouvir, poderá fazer o mesmo percurso que eu.
Por outro lado, pode ocorrer a curiosa situação de um morador da cidade, nascido e criado nela, não ser capaz de descrever seu próprio comportamento da forma como sou capaz. Ele vai onde quer, é certo (e, talvez, mais depressa do que eu); mas, perguntado sobre como o faz, não pode identificar seu caminho. Ao longo de sua história na cidade, alguns dos seus comportamentos (virar a esquerda em uma esquina, à direita em outra, seguir em frente no próximo cruzamento) foram reforçados, levando-o mais depressa a seu destino e permaneceram em seu repertório. Mas, ele não é capaz de descrevê-los. Perguntado, ele diz: "eu venho andando por ali e chego"; ou" não sei o que faço, mas dá certo".
Podemos dizer, em um primeiro nível de análise, que o comporta-mento de quem seguiu as regras é racional e que o comportamento que foi modelado pela suas conseqüências é intuitivo. O primeiro é consciente, no sentido de que quem se comporta" sabe o que está fazendo".
Ou seja, a pessoa é capaz de dar razões para seu comportamento que parecem mais convincentes, mais reais. Se perguntarmos a alguém que está num restaurante porque não sair sem pagar a conta, podemos ter como resposta um referência a este não ser o jeito certo de proceder. "Não é assim que se faz", "Isso seria roubo é errado". Este seria um comportamento que poderíamos chamar de racional, no sentido de que a decisão se remete a uma regra. O caso do habitante da cidade a que me referi antes pode fornecer um bom contraste aqui: sua habilidade de encontrar o caminho pela cidade mostra um comportamento para o qual nenhuma regra foi formulada. Neste sentido, seria intuitivo por oposição a racional e não seria um comportamento controlado por estímulos verbais.
Apontando e validando razões, as regras funcionam como auto-governo para os grupos. São descrições ou nomes de conseqüências - novamente o verbal - e não as próprias conseqüências. É nesse sentido que dizemos que uma das funções da psicoterapia é "trazer à consciência uma parcela maior daquilo que fazemos." (Skinner, 1991, p.46-7).
Destaquei, ao longo da minha análise, a relação entre o comportamento verbal e a consciência. Ambos - operante verbal e consciência - são considerados pelo Behaviorismo Radical como aspectos distinguidores do homem (Skinner, 1990). Ambos seriam produto da seleção pela conseqüência: o operante verbal, a nível do condicionamento operante; e a consciência, a nível da seleção de culturas.
Os dois se juntam ainda mais claramente quando consideramos que a própria palavra consciência - ciência com, conhecimento com - é uma alusão às contingências verbais necessárias para estar consciente (Skinner, 1990).

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65641997000200005


Consciência (psicologia)

A consciência em si refere-se à excitabilidade do sistema nervoso central aos estímulos externos e internos sob o ponto de vista quantitativo e, também, à capacidade de integração harmoniosa destes estímulos internos e externos, passados e presentes, sob o ponto de vista qualitativo.
A consciência em termos psicanalíticos é o conjunto de mecanismos psíquicos que se opõem à expressão das pulsões primárias. A primeira forma de consciência passa pelas interdições parentais recalcadas pela criança e consequente formação do superego.
A consciência reflete sempre a individualidade e unidade do ser humano e é obviamente lugar de todas as perceções, pensamentos e emoções do indivíduo.
A cada conteúdo psíquico, a cada estado e processo psíquico, corresponde num momento um certo grau ou nível de consciência. Este nível de consciência pode modificar-se com o tempo, independentemente do conteúdo. Assim, reconhecemos modificações quantitativas da consciência. Quanto à qualidade das vivências conscientes, embora sejam suscetíveis de transformação ilimitada, estão associadas às propriedades e capacidades individuais.
O estudo da consciência demonstra que não existem funções mentais, sejam intelectuais, afetivas, mnémicas independentes do contexto geral da vida psíquica. A decomposição analítica da consciência em fenómenos particulares e individualizados realiza-se apenas por necessidade metodológica e existe para facilitar o estudo da atividade psíquica.
Existem perturbações ao nível da consciência de dois tipos: no seu aspeto quantitativo e no seu aspeto qualitativo.
No aspeto qualitativo, existem três perturbações: a hipovigilidade, que se caracteriza pela dificuldade de concentração e de memorização; a lentificação e alteração do ritmo e do curso do pensamento, com prejuízo da fixação e da evocação da memória e de alguma desorientação e sonolência mais ou menos acentuada.
Estes estados estão presentes em situações de intoxicação por substâncias depressoras do sistema nervoso central, como sedativos, álcool, barbitúricos ou hipnóticos.
Podem ainda ser determinados por lesões cerebrais, traumatismos cranianos ou distúrbios metabólicos. No estado comatoso a consciência está igualmente profundamente alterada ou quase inexistente.
Ainda quantitativamente, existe a hipervigilidade, onde os estímulos são percebidos com maior intensidade. O fluxo do pensamento é normalmente acelerado e há uma intensidade psicomotora e das atividades em geral. Esta situação está presente nos estados de intoxicação por substâncias psicotrópicas, estupefacientes ou na patologia afetiva: perturbações maníaco-depressivas.
No aspeto qualitativo existem alterações que dizem respeito à integridade do processo de conhecimento no seu aspeto mais global.
Aqui está presente a confusão mental e o onirismo.
Na confusão mental há uma desorganização profunda do funcionamento mental. O pensamento e o discurso do sujeito é incompreensível, há uma dificuldade em compreender os outros e a si mesmo.
No onirismo surgem fenómenos percetivos patológicos na esfera táctil e visual, ou seja, a existência de alucinações. Os fatores causais são preponderantemente orgânicos tais como intoxicações, síndroma de abstinência de droga ou de álcool (tremuras, suores, taquicardia) e delírios febris e ainda em todas as perturbações orgânicas que afetem a estrutura do cérebro por exemplo no caso de arteriosclerose cerebral e traumatismos cranianos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011



"...Não busque recompensa pelo bem que praticaste. Agradeça a Deus os momentos felizes que proporcionaste ao teu irmão desesperado, quando o livraste da tragédia, mostrando o caminho do bem. Peça que Ele recompense o teu gesto, colocando novamente na tua frente outros desesperados que também precisam de ajuda, para que pratiques o mesmo gesto, quantas vezes forem necessárias, para que possas passar teu exemplo à toda humanidade, deixando este Mundo mais humano e melhor do que encontraste..."
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A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, autoconsciência, sentiência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. É um assunto muito pesquisado na filosofia da mente, na psicologia, neurologia, e ciência cognitiva.
Representação gráfica de consciência do século XVII.
Alguns filósofos dividem consciência em consciência fenomenal, que é a experiência propriamente dita, e consciência de acesso, que é o processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência (Block 2004). Consciência fenomenal é o estado de estar ciente, tal como quando dizemos "estou ciente" e consciência de acesso se refere a estar ciente de algo, tal como quando dizemos "estou ciente destas palavras".
Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução tomam parte.
Modelo de bloco de construção
Função mental de perscrutar o mundo, conforme afirma Steven Pinker, a consciência é a faculdade de segundo momento – ninguém pode ter consciência de alguma coisa (objeto, processo ou situação) no primeiro contato com essa coisa; no máximo se pode referenciá-la com algum registro próximo, o que permite afirmar que a coisa é parecida com essa ou com aquela outra coisa, de domínio.
A consciência (organismo do sistema conhecedor humano), provavelmente, é a estrutura mais complexa que se pode imaginar atualmente.
Na obra a mente humana, a consciência é instanciada, tecnicamente, em sete camadas: do nível zero, factual (onde as coisas acontecem), até uma atividade ômega, dois pontos acima do nível que experimentamos hoje (consciência padrão); aquele estado conhecedor que conhece, e que seria alcançado apenas pelo ser humano.
António Damásio, em O Mistério da consciência, divide a consciência em dois tipos: consciência central e consciência ampliada. Inspirados na tese damasiana, entende-se que a faculdade em pauta é constituída com uma espécie de anatomia, que pode ser dividida, didaticamente, em três partes:
dimensão fonte - onde as coisas acontecem de fato, o aqui agora: o meu ato de escrever e dominar o ambiente e os equipamentos dos quais faço uso, o ato do internauta de ler, compreender a leitura e o ambiente que o envolve a todo os instantes, etc. Essa dimensão da consciência não retrocede muito ao passado e, da mesma forma, não avança para o futuro; ela se limita a registrar os atos presentes, com um espaço-tempo (passado/futuro) suficiente para que os momentos (presentes) tenham continuidade.
dimensão processual - amplitude de sistema que abriga expectativas, perspectivas, planos e qualquer registros mental em aberto; aquelas questões que causam ruídos e impulsionam o ser humano à busca de soluções. Essa amplitude de consciência permite observar questões do passado e investigar também um pouco do futuro.
dimensão ampla - região de sistema que, sem ser um dispositivo de memória, alberga os conhecimentos e experiências que uma pessoa incorpora na existência. Todo os conhecimentos do passado e experimentações pela qual o ser atravessou na vida: uma antiga profissão que não se tem mais qualquer habilidade para exercer, guarda registros importantes que servirão como experiência em outras práticas. Qual dimensão processual, esse amplitude da consciência permite examinar o passado e avançar no futuro - tudo dentro de limites impostos pelo próprio desenvolvimento mental do indivíduo.
Além da anatomia de constituição, listada acima, a consciência humana também guarda alguns estados:
Condições de consciência (vigília normal, vigília alterada e sono com sonhos), modos de consciência (passivo, ativo e ausente) e focos de consciência (central, periférico e distante
Consciência, autoconsciência e autoconhecimento
Manfred Frank (em "Self-consciousness and Self-knowledge", ver bibliografia abaixo) apresenta a relação entre consciência, autoconsciência e autoconhecimento da seguinte maneira:
Consciência pressupõe autoconsciência. Não há como alguém estar consciente de alguma coisa sem estar consciente de estar consciente dessa coisa.
A autoconsciência é pré-reflexiva. Se a autoconsciência fosse o resultado da reflexão, então só teríamos autoconsciência após termos consciência de alguma coisa que fosse dada à reflexão. Mas isso não pode ser o caso, pois, como dissemos antes, consciência pressupõe autoconsciência. Logo, a autoconsciência é anterior à reflexão.
Autoconsciência e consciência são distintas logicamente, mas funcionam de maneira unitária.
O autoconhecimento - isto é, a consciência reflexiva ou consciência de segunda ordem - pressupõe a consciência pré-reflexiva, isto é, a autoconsciência.
De acordo com o esquema acima, a autoconsciência é o elemento fundamental da consciência. Sem ela não há consciência nem reflexão sobre a consciência.
Definições do senso comum
Ação do indivíduo ou grupo sem o intuito ou vigilância da área central de consciência.
Conjunto de processos e/ou fatos que atuam na conduta do indivíduo ou construindo a mesma, mas escapam ao âmbito da ferramenta de leitura e interpretação e não podem, por esta área, ser trazidos a custo de nenhum esforço que possa fazer um agente cujo sistema mental não possui o treinamento adequado. Essas atividades, entretanto, costumam aflorar em sonhos, em atos involuntários (sejam eles corretos e inteligentes ou falhos e inconsistentes) e nos estados alterados de consciência.
Definições concorrentes
Visão determinista: Alguns entendem o inconsciente como ações inconscientes baseadas em informações do passado, experienciadas ou noticiadas.
Visão reducionista: O inconsciente é entendido como um neologismo científico reducionista para não explicar ou negar os estados alterados da consciência.
Alterações da Consciência
- Alterações Normais: Sono (é um comportamento e uma fase normal e necessária. Tem duas fases distintas, que são: sono REM -Rapid Eye Movement- e o sono NÃO-REM) e Sonho (vivências predominantemente visuais classificadas por Freud como um fenômeno psicológico "rico e revelador de desejos e temores"
- Alterações Patológicas: qualitativas e quantitativas.
Quantitativas:
- Rebaixamento do nível de consciência: compreendido por graus, está dividido em 3 grupos principais: obnubilação da consciência(grau leve a moderado - compreensão dificultada), sopor(incapacidade de ação espontânea) e coma(grau profundo - impossível qualquer atividade voluntária consciente e ausência de qualquer indício de consciência).
- Síndromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento do nível de consciência:
1. Delirium (diferente do "delírio", é uma desorientação temporoespacial com surtos de ansiedade,além de ilusões e/ou alucinações visuais)
2. Estado Onírico (o indivíduo entra em um estado semelhante a um sonho muito vívido; estado decorrente de psicoses tóxicas, síndromes de abstinência a drogas e quadros febris tóxico-infecciosos)
3. Amência (excitação psicomotora, incoerência do pensamento, perplexidade e sintomas alucinatórios oniróides)
4. Síndrome do cativeiro (a destruição da base da ponte promove uma paralisia total dos nervos cranianos baixos e dos membros)
Qualitativas:
1. Estados crepusculares (surge e desaparece de forma abrupta e tem duração variável - de poucas horas a algumas semanas)
2. Dissociação da consciência (perda da unidade psíquica comum do ser humano, na qual o indivíduo "desliga" da realidade para parar de sofrer)
3. Transe (espécie de sonho acordado com a presença de atividade motora automática e estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários)
4. Estado Hipnótico (técnica refinada de concentração da atenção e de alteração induzida do estado da consciência)

PROJETO CONSCIÊNCIA

"O ser humano tem sido conduzido ao longo de um curso evolutivo, através de uma migração de inteligências, e embora pareçamos estar dormindo, há um despertar interno que dirige o sonho, e que irá eventualmente, nos conduzir de volta à verdade do que realmente somos." [Rumi]

O que é ?
O Projeto Consciência trabalha incentivando as pessoas a refletirem sobre qual deveriam ser nossas ações no presente para alcançarmos um futuro melhor, levando-se em consideração os desafios do século XXI, como por exemplo as mudanças climáticas, a propagação da miséria no mundo, o avanço da ciência e da sociedade em contraste com os dogmas religiosos, o questionamento dos paradigmas adquiridos ao longo da nossa história e outros temas relevantes.
O projeto acredita que para existirem as corretas relações humanas que efetivamente propiciam um mundo melhor, o ser humano num gesto de empatia deve aspirar o bem comum e não somente a felicidade própria, pois somente assim seremos capazes da felicidade plena como raça humana. Como podemos estar em plena paz de consciência quando segundo dados da ONU há 900 milhões de pessoas vivendo em estado de total miséria e fome no mundo e outras centenas de milhões vivendo com muito pouco?
O projeto se propõe, de forma singela, a criar uma aproximação entre os pensadores notáveis da atualidade e o público. Para que criar esta aproximação? - O objetivo é que possamos ter oportunidade de refletir sobre os grandes temas da humanidade e ganhar diversidade nos nossos pontos de vista e dessa forma, paulatinamente, indivíduo a indivíduo, podemos vislumbrar um ponto de mudança cultural, uma tomada de consciência da sociedade global.
Esse ponto, que nós do projeto chamamos de "ponto de massa crítica do bem comum", é quando uma certa quantidade mínima de pessoas no planeta passa a verdadeiramente aspirar o bem comum e não somente o bem limitado aos poucos que nos cercam.
O ponto da massa crítica é conhecido cientificamente como efeito em rede, onde depois de certo percentual de elementos ter atingido aquele ponto, o efeito ou benefício passa a ser ampliado e a partir de então torna-se mais fácil atingir 100%. Pode ser comparado a um copo cheio de água, que na iminência do transbordamento, recebe uma gota a mais e extravasa-se.
As mudanças culturais na sociedade ocorrem de forma similar e tem sido especialmente rápidas nos ultimos anos com as facilidades tecnológicas de comunicação e acesso a informação, notadamente a internet.
Buscando esse ponto do transbordamento da vontade do bem comum, sem fronteiras, estaremos com mais propriedade a pleitear um mundo melhor para nós, para nossos filhos e nossos netos, um mundo mais fraterno, otimista, onde haja um mínimo de harmonia na sociedade global, com vistas ao estabelecimento das corretas relações humanas em todo o planeta, um mundo onde um novo homem e uma nova mulher tendem a ser capazes de dirigir habilmente suas ações e suas escolhas e tornam-se senhores do seu destino e não mais vítimas da vida.
Se olharmos para a nossa história vamos perceber que as grandes revoluções da humanidade não ocorreram subitamente nos campos de batalha ou impostas por um novo regime político, ao contrário, foram processadas lenta e silenciosamente no íntimo das pessoas.
Uma das questões que poderão surgir é - Que credencial tem o projeto para tão ousada proposta? A resposta é bastante simples: - Nenhuma, porém "É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que sentar-se fazendo nada até o final." Martin Luther King.
O Projeto Consciência se vale de palestras públicas, conferências, internet e outros meios que possam alcançar um público interessado em questionar-se e esclarecer-se sobre qual o real sentido da vida, para onde deveriamos direcionar os nossos esforços no presente momento para atingirmos um futuro melhor, quais caminhos a humanidade poderia ter percorrido e que ainda não foram contados nos livros de história e outros temas relevantes, porém não há a pretensão de convencer quem quer que seja, apenas semear reflexões.
É importante ressaltar que nenhuma informação promovida pelo projeto tem a conotação ou pretenção de ter status de verdade ou sequer é apontando determinado livro, religião, filósofo ou filosofia como detentores de suposta verdade. Não há vínculos políticos ou religiosos apesar de serem abordados temas religiosos, não há promoção de pessoas, empresas ou marcas, bem como todos os eventos são pautados pela gratuidade e fraternidade. O projeto é uma iniciativa sem fins lucrativos.
Não há grandes obras a serem construídas, há apenas pequenos e simples trabalhos "de formiguinha", um a um, dia após dia.

Consciência na Bíblia
Quando ouviram isto foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em pé. João 8:9
Por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensas diante de Deus e dos homens. Atos dos Apóstolos 24:16
pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os), no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho. Romanos 2:15-16
Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo-lhes a consciência quando fraca, pecais contra Cristo. 1 Coríntios 8:12
Pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, 1 Timóteo 4:2
Tudo é puro para os que são puros, mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro; antes tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas. Tito 1:15
Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo? Hebreus 9:14
Outros Versículos encontrados:
Fitando Paulo os olhos no sinédrio, disse: Varões irmãos, até o dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência. Atos dos Apóstolos 23:1
Por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensas diante de Deus e dos homens. Atos dos Apóstolos 24:16
pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os), Romanos 2:15
Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo, Romanos 9:1
Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira, mas também por causa da consciência. Romanos 13:5
Entretanto, nem em todos há esse conhecimento; pois alguns há que, acostumados até agora com o ídolo, comem como de coisas sacrificadas a um ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, contamina-se. 1 Coríntios 8:7
Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, reclinado à mesa em templo de ídolos, não será induzido, sendo a sua consciência fraca, a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? 1 Coríntios 8:10
Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo-lhes a consciência quando fraca, pecais contra Cristo. 1 Coríntios 8:12
Comei de tudo quanto se vende no mercado, nada perguntando por causa da consciência. 1 Coríntios 10:25
Se, portanto, algum dos incrédulos vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que se puser diante de vós, nada perguntando por causa da consciência.
1 Coríntios 10:27
Mas, se alguém vos disser: Isto foi oferecido em sacrifício; não comais por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; 1 Coríntios 10:28
consciência, digo, não a tua, mas a do outro. Pois, por que há de ser julgada a minha liberdade pela consciência de outrem? 1 Coríntios 10:29
Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que em santidade e sinceridade de Deus, não em sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e mormente em relação a vós. 2 Coríntios 1:12
pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus. 2 Coríntios 4:2
Mas o fim desta admoestação é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência, e de uma fé não fingida; 1 Timóteo 1:5
conservando a fé, e uma boa consciência, a qual alguns havendo rejeitado, naufragando no tocante à fé; 1 Timóteo 1:19
guardando o mistério da fé numa consciência pura. 1 Timóteo 3:9
pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, 1 Timóteo 4:2
Dou graças a Deus, a quem desde os meus antepassados sirvo com uma consciência pura, de que sem cessar faço menção de ti em minhas súplicas de noite e de dia; 2 Timóteo 1:3
Tudo é puro para os que são puros, mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro; antes tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas. Tito 1:15

Exame de Consciência

Te analise conscientemente, antes de fazer um julgamento
Pare para pensar, analise teus sentimentos
Pense em tudo que fizeste, para corrigir teus erros
Para poder ajudar o mundo, tens que te conhecer primeiro
Procure não criticar, os erros que nos outros estás vendo
Quem critica os erros dos outros, esconder os seus está querendo
Muitos por serem covardes, a Verdade vão escondendo
Toda Verdade aparece, quando chegar o tempo
Quem tem fé e esperança, os obstáculos vai vencendo
Nos momentos difíceis da vida, faz só bons pensamentos
Fala só o necessário, ajuda com bom exemplo
Constrói um Mundo Justo, de paz e sem sofrimento
Quando antecipamos a Verdade, as vezes não ajudamos
Na maioria dos casos, acabamos maculando
Tudo tem o tempo certo, com calma vamos esperando
Com a Verdade se faz Justiça, sem provas não condenamos
Quantos que podiam espiritualmente vencer, só usando humildade
Tendo fé e amor, abandonando as vaidades
Poucos que assim procedem, e usam de lealdade
Que tem pensamentos puros, e não sentem maldades
Que fazem tudo por amor, e jamais usam falsidade
Cada um que se analise, e fale com a consciência
Ao menos fale a Verdade, use um pouco de decência
Em tudo que falar, tenha sempre prudência
Consultar os mais elevados, e com mais experiência
Em tudo busque a Verdade, para no que disser ter certeza
Vivemos em um mundo de pecado, de ódio e ambição
Poucos que agüentam os impulsos, de pensamentos e emoções
Poucos que procuram no mundo, cumprir perfeitamente a missão
Poucos escrevem a história, de um honrado cidadão
O importante é primeiro lutar, contra nossos próprios defeitos
Quem não combate os seus erros, ser justo não está querendo
Não pode ajudar o próximo, porque nem a si está podendo
Quem não domina os impulsos, seu espaço está perdendo
Não está usando a consciência, de Deus está esquecendo
Todos devem pensar muito, antes de decidir
Quem decide com Justiça, jamais procura iludir
Os que acreditam em nós, nosso exemplo vão seguir
Devemos sempre falar a Verdade, nunca na vida mentir
Cada um que se analise, para não dizer bobagem
Pergunte para si mesmo, se usa de sinceridade
Se o que está fazendo, é com consciência e bondade...
Sinceramente ajudando, com fé, amor e humildade
Sempre busque a Verdade, em tudo que escutar
Para poder ter certeza, e nunca te enganar
Não se encontra no momento, nem convém precipitar
Com humildade e paciência, o tempo te mostrará
Quem assim proceder, nunca pode se enganar
Por aquilo que pensamos, podemos nos auto analisar
Se descemos ou elevamos, no lado espiritual
Nossos atos e exemplos, é que podem mostrar
Se estamos fazendo o bem, ou estamos fazendo o mal
Só os que pensam no bem, é que podem se elevar
Temos que ter a consciência limpa, não manchar nossas mãos
Não fazer maus pensamentos, não julgar ninguém em vão
Ser justo em todos os sentidos, para cumprir nossa missão
Mostrar sempre a realidade, não iludir nossos irmãos
Em todas as situações, usar sempre a razão
Não deixar se dominar, pela cruel ambição
Procurar não ser covarde, enfrentar as situações
Em nenhum momento da vida, não ceder às tentações
Respeitar sempre o próximo, como queremos ser respeitados
Mostrar com exemplos e atitudes, que não cometemos pecado
Não discutir com aqueles, que preferem andar errado
Ajudar com a Verdade, para sermos imitados
Não desmoralizar aqueles, que precisam ser ajudados
Ensine o caminho certo, para não andarem errados
Dedique o máximo de teu tempo, para ajudar os viciados
Os que não usam a consciência, que seus dias estão contados
Que pelos venenos dos vícios, seus corpos estão sendo matados
Fazer tudo nesse mundo, como o homem mais justo fazia
Jesus Cristo, o Nazareno, o enviado messias
Jamais tocava trombeta, quando curava quem sofria
"Vai, tua fé te curou...", humildemente dizia
Não dizia que fazia milagres, fazer o bem pretendia
Espiritualmente ajudava, quem a Ele recorria
Como filho de Deus, ajudava como devia
Amava todos como irmãos, injustiças não fazia
Pelos tiranos e injustos, sempre foi combatido
Por pregar a paz para o mundo, para viver todos unidos
Um Mundo Celestial, um verdadeiro Paraíso
Isento de todos os males, sem espíritos malignos
Um Mundo sem exploração, sem corrupção e sem vício
Todos espiritualmente iguais, ligados à Deus no Infinito
Onde todos se respeitassem, livres de todos os perigos
De seres puros e justos, com pensamentos divinos
Devemos ajudar os fracos, e os pobres de espírito
Aqueles que de pensar no mal, ainda não desistiram
Aqueles que pelo demônio, estão sempre possuídos
Os que não cuidam da alma e do corpo, e pecam em todos os sentidos
Os que continuam matando e roubando, e todas crueldades praticam
Não jogar lama no próximo, não provocar nenhum desgosto
O lírio é uma flor linda, que pode nascer no lodo
Mas continua branca e bela, não se suja nem um pouco
Pela sua beleza e brancura, é procurada por todos
Não pinte no teu próximo, uma imagem impura
Quem tem amor e respeito, não critica, ajuda
Está sempre pronto a ajudar, qualquer pessoa na rua
Não pergunta quem é, se é honrada, digna e pura
Não tem nenhum preconceito, trata todos com amor, carinho e candura
O pintor passa para a tela, o que traz no pensamento
Nela materializa, os seus próprios sentimentos
Aqueles que criticam os outros, seus defeitos estão escondendo
Pintam o seu próprio retrato, com tudo que vão dizendo
Mentem sempre quando falam, são todos podres por dentro
Não se pode só acreditar em palavras, fala a Verdade o exemplo
Depois da tempestade vem o sol, iluminando tudo que vemos
A esperança de dias melhores, faz também mudar o tempo
Fé, humildade e amor, acabam com os sofrimentos
Até a vontade de ajudar o próximo, que temos no pensamento
Para tudo tem uma saída, basta ter fé e acreditar
Só é impossível nesse Mundo, Deus como nós pecar
Quem tem fé e esperança, tudo pode alcançar
É somente usar as Grandezas, que dentro de todos está
Procurar dar bom exemplo, em tudo que praticar
Quando chegar no fim do dia, para si mesmo perguntar:
O que hoje fiz de bom, nesse mundo para ajudar
O quanto me preparei, para neste mundo não pecar
Se quando fui decidir, fiz tudo para não errar
Se tudo que consegui, foi derramando o meu suor
Se foi com trabalho honrado, que fiz com todo amor
E aquele alimento puro, que em minha mesa chegou
Se agradeci a Deus, porque me ajudou
Todos devem se examinar, suas atitudes e pensamentos
Se usam sempre a consciência, e têm só bons sentimentos
Se procuram fazer justiça, e não causam sofrimento
Se para os desesperados, levam amor e alento
Fale com sinceridade, diga toda Verdade
Se contribuiu com exemplo, não usou de falsidade
Se aproveitou todos os segundos, não abusou da liberdade
Se ajudou seus irmãos, para encontrar a felicidade
Se não descriminou ninguém, tratou todos com igualdade
Se não falou nenhuma mentira, usou só lealdade
Se foi sincero e justo, não usou de falsidade
Se só pensou em coisas boas, e não fez nenhuma maldade
Se o que fez durante o dia, foi por fé, amor e humildade
Cada um se analise, com o que vou expor aqui
Use a consciência, não esconda o que sentir
Use toda franqueza, para não se iludir
Se analise com consciência, para os erros corrigir:
01- És sincero contigo, e falaste sempre a Verdade?
02- Falas de qualquer jeito, ou esperas a oportunidade?
03- Falas sempre com franqueza, ou usas de falsidade?
04- Quais os impulsos que sentes, com mais assiduidade?
05- Quantas vezes, por não pensar te maculaste?
06- Quantas vezes em pensamento, sem saber da Verdade julgaste?
07- Quantas vezes, de ajudar teu irmão deixaste?
08- Quantas vezes, teu irmão descriminaste?
12- Pergunte para a consciência, que tipo de pai desejas ser?
13- Pelo que fizeste até hoje, teus filhos que exemplo vão ter?
14- Já estás preparado, para um bom esposo ser?
15- Para teus filhos e o mundo, com teu bom exemplo aprender?
16- O que farias de coração, para este mundo salvar?...
17- Te sacrificarias como Jesus, se deixando na cruz pregar?
18- Quem de vós contaria sua história, para bom exemplo dar?
19- Sempre pensas com fé e amor, para poder ajudar?
20- Depois que o sol nasce, nunca pensas para o mal?
21- Responda se estás preparado, para da matéria te desligar?
22- Como espiritualmente pensas, encontrar teu predestino?
23- Tu mesmo escolherias, ou deixarias nas mãos de Deus?
24- Antes do casamento, pensas na esposa e também nos filhos teus?
25- Responda de uma vez só, que esposa escolherias:
Pela pureza da alma, ou a materialista?
26- Pela matéria que podes ver, ou pelo espiritual avalias?
27- Se Deus te mandasse escolher, que filho escolherias:
28- Um Sábio tão elevado, como o Enviado Messias?
29-É porque estás preparado para ser pai, ou só por orgulho escolherias?
30- O que não fazes para ti, para outro não farias?
31- Quando tomas atitudes, quais as tuas intenções:
Tomas pensando em ti, ou pensas em todos os irmãos?
32- Quando ajudas alguém espiritualmente, não é por segundas intenções?
33- Quantas vezes consciente, maculaste teu irmão?
34- Jamais deixarias ser dominado, pela cruel ambição?
35- Jamais deixarias te fanatizar, por qualquer religião?
36- Renunciarias em nome de Deus, todos os vícios e tentações?
37- Reflita agora e medite, veja quanto te elevaste!...
38- Quantos erros cometeste, e quantos impulsos seguraste...
39- Conte com tua fé, quantas almas ajudaste?
40- Responda com consciência: Quantas vezes erraste?...
41- Quantas vezes com tuas atitudes, causaste sofrimentos?
42- Quantas vezes inconsciente, materializaste maus pensamentos?
43- Quantas vezes deixaste de ser honrado, mesmo por alguns momentos?
44- Pediste perdão a Deus, por provocar sofrimentos?
45- Falas sempre a Verdade, ou mentes todo tempo?
46- Te analise agora, reflita neste momento
47- Se és um ser preparado, para não causar sofrimento
48- E também para ajudar, aproveitando o teu tempo
49- Para neste mundo cumprir, Lei de Deus e Mandamentos